BH: Câmara pressiona prefeito Álvaro Damião e cobra solução para greve dos professores

Foto:Rafaella Ribeiro/CMBH.

A greve dos professores da rede municipal de Belo Horizonte, que se aproxima de um mês de duração, ganhou um novo capítulo de pressão sobre a prefeitura. Agora é a Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) que cobra publicamente uma atitude do prefeito Álvaro Damião para que se chegue a um acordo com a categoria, pondo fim à paralisação que afeta milhares de alunos na capital.

Um grupo de vereadores de diferentes partidos se articulou para cobrar uma postura mais flexível do executivo municipal. Durante a sessão plenária desta terça-feira (1º), os parlamentares afirmaram que a prefeitura precisa avançar nas negociações e que a intransigência em não apresentar uma nova proposta só prolonga o prejuízo para a educação da cidade.

O presidente da Câmara, vereador Juliano Lopes, afirmou que a Casa está disposta a mediar o conflito, mas que depende de um gesto do prefeito.

O que a câmara propõe?

A principal demanda dos vereadores é que a prefeitura retome o diálogo com o sindicato da categoria (Sind-REDE/BH) e apresente uma nova proposta de reajuste salarial que vá além dos 2,4% rejeitados pelos professores.

“Sou professor. Dei aulas por 18 anos. Sei da importância da educação. Estive com o secretário da Fazenda. Chegou a hora de a gente rever isso. Quem sabe está na hora de a prefeitura apresentar uma proposta?”, disse Juliano Lopes.

O impasse continua após negativa da justiça

A movimentação da Câmara aumenta a pressão sobre o prefeito Álvaro Damião, que já havia sofrido um revés na Justiça na semana passada. O Tribunal de Justiça negou um pedido da prefeitura para declarar a greve ilegal e, em vez disso, marcou uma audiência de conciliação entre as partes.

Com a pressão vinda agora também do poder legislativo, a prefeitura se vê mais isolada e com a responsabilidade de apresentar uma nova solução para encerrar a greve. Toda a expectativa se volta para a audiência de conciliação que acontece nesta quarta-feira (2), que será decisiva para o futuro do movimento.

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