A falta de ônibus durante a noite e a madrugada em Belo Horizonte tem gerado um grave impacto negativo no setor de bares e restaurantes, um dos mais importantes para a economia e o turismo da capital. O problema, debatido em uma audiência pública na Câmara Municipal (CMBH) na última semana, afeta tanto os funcionários, que não conseguem voltar para casa, quanto os próprios estabelecimentos, que perdem clientes.
O impacto nos funcionários e nas empresas, sem ônibus
Representantes do setor, como a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), relataram que a situação é crítica. Muitos funcionários, ao final de seus turnos de trabalho, que frequentemente terminam após a meia-noite, não encontram linhas de ônibus disponíveis para retornar para suas casas.
Isso tem forçado muitos trabalhadores a pedirem demissão e os estabelecimentos a encerrarem suas atividades mais cedo, resultando em perda de faturamento.
A perda de clientes e o prejuízo para a cidade
Além do problema com os trabalhadores, a escassez de transporte público noturno também afasta os clientes.
Muitos moradores de bairros mais distantes deixam de frequentar a vida noturna da cidade por não terem uma opção segura e acessível de transporte para a volta, o que enfraquece a cena cultural e boêmia de regiões tradicionais como a Savassi e Santa Tereza.
O que dizem os vereadores e o que pode ser feito
Na audiência, os vereadores cobraram uma solução da BHTrans e da Prefeitura de Belo Horizonte. A principal demanda é a retomada imediata das linhas noturnas (conhecidas como “bacurau”) que operavam antes da pandemia e que foram drasticamente reduzidas.
Os parlamentares argumentam que, para uma cidade que se orgulha de sua vida noturna e de seu título de “capital mundial dos botecos”, é inaceitável não oferecer um serviço de transporte público adequado para quem trabalha e consome neste setor. A CMBH deve agora formalizar um pedido de providências à prefeitura, com base nas queixas apresentadas na audiência.























