Álvaro Damião terá uma difícil batalha ao assumir Prefeitura de BH

O novo prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, deve assumir a prefeitura na próxima quarta-feira, 3 de abril, em sessão especial na Câmara de vereadores. Mas sua vida não será fácil e ele deve enfrentar algumas dificuldades.

Sua relação com os vereadores já começa com um problema relacionado à eleição para a presidência da Câmara no início deste ano, quando decidiu embarcar na disputa apoiando o líder do governo Bruno Miranda, do PDT.

Essa é uma, mas não a única dificuldade que vai enfrentar nos seus próximos quatro anos de mandato. Ao perder a disputa, ele acabou criando uma animosidade com a presidência eleita. Tecnicamente, há um clima de oposição entre os dois poderes.

Além disso, por óbvio, o prefeito perdeu a eleição por não ter tido uma maioria de votos. Com uma base minoritária na casa, Álvaro Damião precisará negociar projeto por projeto na casa, tendo de um esforço extra na hora de tentar passar alguma nova Lei.

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Nova organização de governo

O novo prefeito também deve mudar o primeiro escalão da prefeitura, trazendo nomes próximos e de sua confiança para as principais secretarias de Belo Horizonte.

Nome ligados diretamente a Fuad Noman podem ser exonerados já na semana que vem, abrindo passagem para que os escolhidos de Damião sejam acomodados.

Circula na imprensa há algumas semanas uma suposta rivalidade entre os grupos que compõe a administração hoje, mas também entra na conta o peso que cada partido teve na eleição do ano passado.

O PSD, partido de Fuad Noman, teve a maior participação nos fundos de campanha e não deve ser deixado de lado na governabilidade. Senador pelo partido, Rodrigo Pacheco tem mantido conversas com Álvaro Damião nas últimas semanas e partiu dele o pedido para que esperasse uma definição sobre a saúde de Fuad.

Outros partidos que apoiaram a chapa, como o PSDB, aguardavam ansiosamente para saber o que vão levar na gestão.