O deputado federal Nikolas Ferreira, do PL de Minas Gerais, começou a sentir na pele o poder da máquina de moer reputações do bolsonarismo, que não tolera que seus seguidores e membros sigam em direções contrárias às ordenadas.
Em fevereiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro se mostrou contra as ambições de Nikolas, que gostaria de impulsionar uma PEC que garantisse que ele pudesse disputar o Senado ou a presidência no ano que vem. Bolsonaro, por sua vez, disse querer que o nome em disputa por Minas seja seu ex-ministro, Paulo Guedes:
“O sucesso que o Nikolas tem ninguém vai duvidar, o que ele tem, no meu entender, é que ter essa estabilidade para saber a hora certa dele. Ele se empolgou um pouco com uma proposta de emenda à Constituição para reduzir para 30 anos (a idade mínima) para disputar o Senado por Minas Gerais, mas existem certas coisas que vêm com a idade. Um cara para ser presidente ou senador com 30 anos, eu acho muito pouco essa idade”, disse.
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Nikolas Ferreira detonado pela direita
Já nesta semana, Nikolas Ferreira passou a ser atacado por se encontrar com influenciadores que são críticos do ex-presidente, como Leonardo Dias e o influencer Renato ‘Trezoitão’, que chamaram Bolsonaro de “frouxo”.
Bastou isso para que outros deputados da direita passassem a criticar publicamente o jovem político de Minas Gerais.
“A postura do Nikolas foi completamente absurda. Não acho que seja uma postura digna, de alguém que se diz aliado do presidente Bolsonaro, fazer foto e vídeo, aos risos, com duas pessoas que chamam o presidente de cadela, covarde e outros xingamentos baixos e vis”, criticou o deputado federal Mário Frias (PL-SP).
Nikolas Ferreira se diz atacado
Nas suas redes sociais, ele se defendeu e disse que estava sendo alvo de uma campanha que tentava lhe queimar. Ele começou a provar do veneno bolsonarista e do que seus opositores sempre reclamam: ataques com perfis falsos no digital:
“Não vou parar, nem mesmo ser submisso ao medo do julgamento e ataques coordenados dos perfis falsos que fazem suas opiniões parecerem ter eco no povo ou serem relevantes no mundo real”, concluiu.
Em seguida ele escreveu que falar com pessoas que pensam diferente não é um crime e citou um exemplo bíblico:
“Falar apenas para convertidos, dedicar-se a brigas intermináveis que não fazem nenhum sentido para quem olha de fora, é ajudar a direita? É como apedrejar Paulo por estar pregando para os Romanos – já que foram eles mesmos que crucificaram Jesus. Não faz sentido algum”.
