O senador por Minas Gerais, Cleitinho Azevedo, surpreendeu os seguidores e os colegas bolsonatistas ao anunciar que é completamente favorável à diminuição da escala de trabalho 6×1. Segundo ele, essa escala de trabalho é desumana. Ele discorda de Nikolas Ferreira e Romeu Zema.
Cleitinho disse que viveu uma experiência dentro de casa, quando viu seu pai nunca poder ir aos seus jogos de futebol e nem a suas apresentações, quando era cantor, por que o pai sempre precisava trabalhar, sem descanso, até praticamente a morte.
“Eu vi meu pai, que morreu agora neste ano, com 70 anos de idade, fazendo a escala sete por zero. Sempre trabalhou, até não foi seis por um, foi sete por zero. E sabe o que aconteceu? O meu pai, sempre que chegava em casa, já se deitava para dormir, para acordar no outro dia para trabalhar”, disse o senador Cleitinho sobre a escala 6×1.
Para o senador Cleitinho, é uma farsa a história de que se a escala for reduzida para 5×2 o país vai quebrar. Ele disse que nunca acreditou nessa narrativa que busca impedir os mais pobres de conseguirem mais direitos.
Também lembrou que o país aprovou medidas que são ruins para os trabalhadores, como a reforma trabalhista e da previdência e cobrou por que nunca uma reforma boa para o cidadão pode ser aprovada.
“E não caia nessa ladainha de falar que o país está quebrado. Eu nunca acreditei que o país estava quebrado. O país nunca esteve quebrado. Antes de eu me entender por gente, desde quando eu me entendo por gente, este país sempre foi roubado. […] Gente, este país sempre foi roubado e até hoje é roubado! Se este país até hoje não foi quebrado, não vai ser uma escala — diminuí-la para cinco por dois — que vai acabar com este país não, gente!”.
Ele relembrou que o pai nunca pôde parar para lhe ensinar, simplesmente por que não tinha tempo de descanso na vida:
“O meu pai não ia aos jogos de futebol quando eu jogava bola. O meu pai não foi às apresentações que eu fiz quando eu era cantor; nunca ia. O meu pai não parava um dia para ele poder me ensinar a estudar. Sabe por quê? Não fazia, não é porque ele não queria, não. É porque ele não tinha tempo; é porque sempre trabalhou”.
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