Revelado quanto um ministro do STF está ganhando após o reajuste

Divulgação - STF

Após o último reajuste escalonado aprovado pelo Congresso Nacional, o salário dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) atingiu um novo patamar em 2025, consolidando-se como o valor mais alto do funcionalismo público brasileiro. O subsídio, que serve como teto para todos os servidores do país, teve sua última parcela de aumento aplicada no início deste ano, e o valor bruto mensal agora chega a R$ 44.008,52.

O reajuste escalonado e o valor atual

O aumento salarial dos ministros do STF foi aprovado em 2023 e implementado de forma escalonada. O valor, que era de R$ 39,2 mil, foi reajustado em 18% ao longo de três anos. A última parcela do aumento entrou em vigor em fevereiro de 2025, fixando o subsídio mensal em R$ 44.008,52.

Este é o valor bruto recebido por cada um dos 11 integrantes da mais alta corte do país, incluindo o presidente, Luís Roberto Barroso, e os demais membros.

O ‘efeito cascata’ nos salários do funcionalismo público

O salário de um ministro do STF não impacta apenas os próprios integrantes da Corte. Ele funciona como o teto constitucional do serviço público no Brasil. Isso significa que nenhum servidor, seja do poder Executivo, Legislativo ou Judiciário, em qualquer esfera (federal, estadual ou municipal), pode receber um vencimento básico superior a este valor.

Foto: STF

Qualquer reajuste no subsídio dos ministros gera um “efeito cascata” em diversas carreiras de Estado. Salários de deputados, senadores, governadores, juízes e desembargadores, por exemplo, são frequentemente atrelados a um percentual do teto. Com o aumento para R$ 44 mil, essas categorias também tiveram seus vencimentos reajustados, gerando um impacto de bilhões de reais nas contas públicas de todo o país.

Análise: O efeito do salário do ministro do STF

A definição do salário dos ministros do STF é um dos atos de maior impacto no orçamento público. A decisão, que parte do próprio Judiciário e precisa ser aprovada pelo Congresso, cria um efeito dominó que pressiona as finanças da União, dos estados e dos municípios. Críticos apontam que, em um país com enormes desafios fiscais, os reajustes no topo do funcionalismo geram um peso desproporcional.

Defensores, por outro lado, argumentam que a valorização das carreiras de Estado é necessária para atrair e reter profissionais qualificados e que o salário estava congelado há anos, sofrendo perdas para a inflação. Independentemente da perspectiva, o valor de R$ 44 mil mensais para cada ministro do STF define o padrão de remuneração no topo do poder público brasileiro para os próximos anos.