A Meta quer construir uma mente mais poderosa que a humana

Nesta terça-feira (10), a Meta — empresa dona do Facebook, Instagram, WhatsApp e dos óculos Ray-Ban Meta — anunciou uma jogada ousada: vai criar um novo laboratório de inteligência artificial com um objetivo ambicioso: desenvolver uma superinteligência, ou seja, sistemas tão ou mais inteligentes que o cérebro humano.

Investimento bilionário e grandes nomes

A iniciativa está sendo liderada pelo próprio CEO, Mark Zuckerberg, que resolveu colocar a mão na massa. Ele já está recrutando cerca de 50 dos melhores pesquisadores do mundo em IA, incluindo Alexandr Wang, fundador da Scale AI — uma das startups mais promissoras do setor. Para convencê-los, a Meta está oferecendo salários que podem chegar a até US$ 100 milhões por pessoa.

Além disso, a empresa deve investir entre US$ 10 e 15 bilhões na Scale AI, comprando quase metade da companhia.

Por que agora?

Zuckerberg estaria frustrado com os resultados do modelo Llama 4, que não empolgou, e também com os atrasos de outro projeto promissor, chamado “Behemoth”. Enquanto isso, concorrentes como OpenAI, Google e Microsoft estão avançando rapidamente em direção à chamada IA geral (AGI) — sistemas capazes de aprender qualquer tarefa intelectual que um ser humano pode realizar.

Ou seja: a Meta não quer mais ficar para trás.

O que muda com isso:

  1. Corrida pela superinteligência: A Meta entra de vez na disputa bilionária com Google e Microsoft para ver quem chega primeiro à IA do futuro.
  2. Disputa por cérebros: Ao pagar fortunas por talentos, a empresa pode agitar ainda mais o mercado e tornar a briga por especialistas em IA ainda mais acirrada.
  3. Mudança interna: Esse novo laboratório também faz parte de uma reestruturação na forma como a Meta organiza suas pesquisas de IA.

Uma aposta de alto risco

Criar máquinas com inteligência maior que a humana não é só uma missão científica — é também um desafio ético e regulatório. Governos nos EUA e na Europa já estão de olho. Mesmo assim, Zuckerberg segue otimista: ele acredita que a IA pode ser uma das maiores inovações da história.

E agora?

Com essa jogada, a Meta mostra que está disposta a apostar alto para voltar ao centro das atenções no mundo da tecnologia. Se der certo, pode colocá-la entre os líderes da nova era digital. Se der errado, será mais um alerta sobre os riscos de brincar com limites tão complexos e desconhecidos. 

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Rafael Angeli
Especialista em Comunicação, Marketing Digital e Inteligência Artificial | Gestão Estratégica | Transformação Digital