Bolsonaro reúne menos de 20 mil pessoas em protesto

Foto; Presidência

A manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no domingo (16), na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, gerou polêmica nas redes sociais. O debate, no entanto, não foi centrado nas pautas do evento, como a anistia aos presos dos ataques de 8 de janeiro, mas sim no número de participantes.

Enquanto a Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) estimou que 400 mil pessoas estiveram presentes, o Monitor do Debate Público no Meio Digital, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), em parceria com a ONG More in Common, calculou um número bem menor: 18,3 mil pessoas, com uma margem de erro de 2,2 mil para mais ou para menos.

Como foram feitas as estimativas?

A estimativa da PMRJ é baseada em métodos tradicionais de contagem de público, que consideram a densidade de pessoas por metro quadrado e a área ocupada pelo evento. Já o cálculo do Cebrap foi realizado com o auxílio de fotos de drones e um software de inteligência artificial que analisa o cenário da manifestação em diferentes horários.

Segundo o estudo, o ápice da manifestação ocorreu por volta das 12h, quando Bolsonaro subiu ao trio elétrico para discursar. Nesse momento, o software identificou 18,3 mil pessoas no local.

Comparação com manifestações anteriores

O número estimado pelo Cebrap é significativamente menor que o da última grande manifestação de Bolsonaro em Copacabana, ocorrida em abril de 2023, quando o ex-presidente teria reunido cerca de 32,7 mil pessoas. Na ocasião, a Secretaria de Segurança Pública do Rio não divulgou uma estimativa oficial de público.

A redução no número de participantes pode indicar uma mudança no engajamento dos apoiadores de Bolsonaro, embora o ex-presidente ainda mantenha uma base significativa de seguidores.

A reação nas redes sociais

A divergência nas estimativas gerou debates acalorados nas redes sociais. Apoiadores de Bolsonaro defenderam o número divulgado pela PMRJ, enquanto críticos questionaram a metodologia e destacaram a estimativa mais baixa do Cebrap.