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William Bonner explica motivo de não sair mais em público

William Bonner, um dos nomes mais icônicos do jornalismo brasileiro, não tem mais a mesma liberdade de circular em público como antes. Em participação no Altas Horas deste fim de semana, o âncora do Jornal Nacional revelou os desafios de comandar o telejornal mais assistido do país em meio a um cenário de polarização extrema.

“As pessoas que não gostam de ouvir uma notícia acabam me atacando, como se eu fosse o responsável pela informação”, desabafou Bonner.

O jornalista, que há décadas narra os principais fatos do Brasil e do mundo, destacou como a intolerância transformou divergências de opinião em verdadeiras batalhas.

Bonner criticou a lógica das redes sociais, onde o debate saudável foi substituído por hostilidade. “Quem pensa diferente de você passa a ser tratado como inimigo. É como se estivéssemos em um clima de guerra, sem espaço para questionamentos”, refletiu.

Reprodução – Globo

Ele lembrou que esse fenômeno não é novo. Na década passada, quando a esquerda dominava o cenário político, também era alvo de críticas por conta do noticiário. “Eu era hostilizado pela esquerda porque o Jornal Nacional desagradava aquele lado. Agora, com a ascensão da direita, o discurso anti-imprensa se intensificou”, explicou.

Para o apresentador, a raiz do problema está na incapacidade de conviver com opiniões contrárias. “Se você só tem contato com quem concorda com você, qualquer discordância vira um monstro. O estranhamento virou ódio, e isso é perigoso”, alertou.

Além dos ataques, Bonner falou indiretamente sobre as compensações financeiras do cargo. Como âncora e editor-chefe do Jornal Nacional, ele recebe cerca de R$ 1 milhão por mês – um dos salários mais altos da Globo.

O valor reflete não apenas a responsabilidade de comandar o principal telejornal do país, mas também o desgaste de ser um alvo constante de críticas infundadas.

Sua fala ecoa um dilema global: como manter o jornalismo imparcial em meio a narrativas que distorcem fatos e alimentam ódio? Para Bonner, a resposta está na resistência.

Naiara Souza

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