Legalização dos jogos de azar: a linha entre o bom senso e a hipocrisia

Minas Gerais, assim como o restante dos estados, poderia faturar com a liberação dos jogos de azar. Essa também é a visão expedida pelo Diário de Comércio e sua pauta sobre a legalização dos cassinos.

O jornal fez reacender os comentários sobre esse trâmite e suas vantagens para o Brasil. Atualmente, o país está proibido de abrir estabelecimentos especializados nesse ramo, esse ato já perdura por 73 anos.

No entanto, tal ação não foi tomada por princípios ideológicos, mas pela vontade de uma fervorosa católica. Foi assim que Eurico Gaspar Dutra providenciou as papeladas que fixaram a proibição, todas pressionadas por dona Carmela, sua esposa.

Agora, está nas mãos dos governantes de Brasília a liberação. O presidente Bolsonaro já se mostrou a favor da mudança, mas com cautela e preocupado com a opinião da maioria de seus eleitores, que em boa parte são evangélicos.

Pode parecer estranho, mas em pleno 2019 as decisões ainda são tomadas com o pensamento em pontos religiosos. Se tudo for pensado com moderação e lógica, sem hipocrisia, esse assunto já estaria resolvido e o lucro garantido.

A lógica da lucratividade e da evolução

Muitos estudos demonstram a viabilidade da regulamentação dos cassinos, bingos e outros estabelecimentos do nicho. Todos esses dados, que são estudados, pertencem aos países que atuam com os jogos de azar, portanto são reais.

Poucas nações ainda possuem proibições e a maioria dessas é comandada por forças religiosas ou têm uma economia escassa. Portanto, fica simples visualizar que permanecemos em uma retrogrado sistema.

A criação de impostos é o maior benefício para os locais que trabalham com esse mercado. Milhões são desperdiçados todos os anos, esse dinheiro poderia lotar os cofres do Governo e ajudar em ações para a população.

Outro ponto estratégico é a geração de empregos, que poderia reduzir drasticamente a taxa de desemprego. Serão vagas diretas e indiretas, ligadas aos comércios e casas de jogos, além de toda a movimentação do turismo.

O setor do turismo deve ser o mais afetado, pois esses pontos atraem um grande público. Com isso, haverá um aumento nos clientes em restaurantes, lojas e muitos outros comércios.

O universo dos cassinos online

Enquanto nada é resolvido, existe um mundo em circulação, o virtual. Na internet as empresas estrangeiras comandam enormes portais de jogos. Neles, os apostadores podem se divertir sem sair de casa.

Essa já é a rotina de milhares de brasileiros, que utilizam as plataformas em seu tempo livre. Elas contam com todos os jogos de cassinos e as apostas esportivas. Não basta a lucratividade online, essas companhias têm interesse em estabelecer sede no país.

A Betsson, por exemplo, é uma corporação sueca que faz um enorme sucesso e que parece ser popular no mundo todo. Ela oferece modalidades de vídeo pôquer, bingo, caça-níqueis e mais uma série de passatempos, e faz parte de um espaço que só cresce.

Caso a liberação ocorra ela deve focar seus esforços no Brasil e ajudar na geração de impostos, crescimento das vagas de empregos e circulação turística. Ou seja, só podemos aguardar e acompanhar os passos que a legalização tomará.

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Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas.