Kalil rebate críticas sobre o isolamento social em BH: “Estou seguindo a ciência”

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), vem recebendo muitas críticas sobre o isolamento social na cidade. Em uma entrevista realizada na tarde desta segunda-feira (18), ele disse que as decisões sobre a reabertura do comércio na capital mineira são baseadas na ciência e não em “achismos”.

“Nós temos um rumo, que é a ciência. Se a ciência falar comigo que, ao invés de abrir (o comércio), é (necessário) lockdown em Belo Horizonte, então (decretarei) lockdown em Belo Horizonte. Eu concordo com quem acha. Eu só não pratico o achismo”, afirmou Kalil durante a entrevista.

O prefeito tem sido alvo de uma parcela da população que questiona a ciência e critica o isolamento mais amplo, mesmo sendo a medida mais eficaz para diminuir a propagação do vírus. Neste domingo, apoiadores do presidente Bolsonaro fizeram uma carreata em BH para pedir a reabertura do comércio e a saída do prefeito.

Sobre as críticas, Kalil afirmou que as medidas estão sendo tomadas em defesa da população da cidade. “Eu quero dizer que não sou um canalha, não sou um lixo, não sou um vagabundo, não sou nada disso, porque eu quero proteger minha cidade. Então, não me venham com essa. Estou seguindo a ciência”, afirmou.

Reabertura do comércio

A reabertura do comércio na cidade está prevista para a próxima segunda-feira (25). O cumprimento da data, porém, depende da avaliação dos especialistas do Comitê de Enfrentamento à Epidemia da COVID-19 em BH. O parecer será dado nesta sexta-feira (22).

“Eu quero dizer à população de Belo Horizonte mais uma vez que ninguém, absolutamente ninguém, quer reabrir a cidade mais do que eu”, disse Kalil. Ele também reforçou a necessidade de cumprir à risca as recomendações dos especialistas para que a propagação do vírus seja contida.

Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (18) pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES), Belo Horizonte acumula 1.189 pessoas que testaram positivo para o novo coronavírus. Destas, 31 morreram.

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