“Jato de mangueira em quem está afogando”, diz Leo Paixão sobre decreto da Prefeitura de BH

O chef Leo Paixão usou as suas redes sociais para fazer um desabafo sobre a nova medida da Prefeitura de Belo Horizonte, que proíbe a venda de bebidas alcoólicas em bares e restaurantes, como medida de prevenção contra a COVID-19.

“E assim o setor mais punido da economia leva um golpe impiedoso da prefeitura, como se fôssemos os culpados por tudo”, escreveu Paixão, criticando a decisão do prefeito Alexandre Kalil (PSD). O chef afirmou que será obrigado a fechar seu bar, Nicolau Bar da Esquina.

O decreto nº 17.484, publicado na última quinta-feira (03), impõe uma “lei seca” na capital, já que impede o consumo de bebidas alcoólicas em estabelecimentos, em qualquer horário. De acordo com o documento, foram consideradas “as análises sistemáticas dos indicadores epidemiológicos e de capacidade assistencial realizadas pelo Comitê de Enfrentamento à Epidemia da Covid-19”.

Em seu post, Leo Paixão afirmou que o setor de bares e restaurantes foi o mais afetado pela pandemia. “Neste momento em que caminhamos para a Lei Seca, já sofremos uma série de restrições, dentre as mais severas: horário de funcionamento reduzido, espaçamento aumentado e limite de quatro ocupantes por mesa”.

“Como ⅓ de nossa venda é de bebida, com a nova medida, nosso encolhimento passa a 75%. Ou seja, temos a possibilidade de vender 25% do que vendíamos antes”, contabiliza o chef, preocupado com a situação dos garçons, que recebem proporcionalmente a este valor.

“Ao invés de fiscalizar e aplicar as medidas cabíveis, a prefeitura optou por punir todos: certos e errados. Um jato de mangueira em quem está afogando”, afirmou o chef.

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