O cantor Silva virou assunto nacional após xingar Virgínia Fonseca durante seu show no Festival Vibrar, no Parque da Cidade, em Brasília, no domingo (7/9). Em vídeos que viralizaram, o artista dispara: “Vou falar vários ‘vai se f**’ hoje. Vai se f***, Virgínia, car***. Garota escrota. Era pobre, ficou rica e agora faz os pobres perderem o dinheiro que nem têm”*, numa referência às publicidades de plataformas de apostas feitas pela influenciadora.
O contexto do ataque ajuda a entender a temperatura. Silva se apresentava na noite de encerramento do Festival Vibrar, evento gratuito realizado de 4 a 7 de setembro no Parque da Cidade. A presença do cantor constava na agenda oficial e nos materiais de divulgação do festival. Ou seja: não foi um desabafo de bastidor — foi em cima do palco e diante de um público numeroso.
O alvo principal foi Virgínia, mas sobrou para outros nomes. Em trechos do discurso, Silva também alfineta Luísa Sonza, ao dizer que não tem “dinheiro do agro” financiando sua carreira, e reclama de Serginho Groisman, afirmando que no Altas Horas “só o chamam para cantar músicas de outros”. O tom irritado e a sequência de indiretas ajudaram a turbinar a viralização nas redes.
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Por que a bronca em Virgínia “pegou”
A crítica de Silva se apoia num debate que saiu do Twitter e foi ao Congresso em 2025: a CPI das Bets. Virgínia foi ouvida como testemunha e negou lucrar com perdas de seguidores ou ter cláusulas abusivas em contratos com casas de apostas, prometendo entregar documentos à relatoria.
Em paralelo, reportagens detalharam suspeitas sobre a lógica de remuneração em campanhas do setor — ponto que mantém a discussão viva. Em síntese: há pressão regulatória e pressão reputacional.
No palco, Silva condensou essa pauta num ataque direto: acusou a influenciadora de “fazer os pobres perderem dinheiro” promovendo sites de apostas. A frase viraliza porque junta moralidade pública (proteger vulneráveis), celebridade (a maior influenciadora do país) e entretenimento (o desabafo em show). Para o algoritmo, é dinamite; para o debate, é combustível.
O que diz cada lado — e o que pode vir a seguir
- Silva: não publicou nota formal até aqui; o que se tem são os vídeos do show e o registro da apresentação no festival. O cantor também citou Paula Lavigne e a agência Mynd, ampliando o raio da crítica.
- Virgínia: na CPI das Bets, negou cláusulas que a remunerassem por perdas e disse seguir regras do Conar; hoje, o noticiário registra repercussão do caso, mas sem posicionamento específico dela sobre o ataque do cantor até a última atualização das matérias checadas.























