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Palmeiras tem R$ 400 milhões em jogo, mas Leila pode barrar saída de Vitor Roque e mais 1

O Conselho Deliberativo do Palmeiras aprovou o orçamento para a temporada 2026 com números que impõem um desafio gigantesco ao departamento de futebol. O clube projeta arrecadar um total de R$ 1,2 bilhão, tendo como principal engrenagem de receita a negociação de atletas: a meta estipulada é de R$ 399,6 milhões em vendas.

No entanto, ao contrário do que o mercado especula, a estratégia para atingir esse número não passa por liquidar suas principais estrelas agora. A presidente Leila Pereira e a diretoria de futebol definiram uma diretriz interna rígida: Vitor Roque e Flaco López, os artilheiros do time, não serão negociados nesta janela. A ordem é segurar a dupla pelo menos até a Copa do Mundo, priorizando o desempenho esportivo no primeiro semestre.

Blindagem da Dupla de Ataque do Palmeiras

A decisão de vetar a saída dos atacantes desmonta a tese de que o Palmeiras “precisa” vender seus craques a qualquer custo para fechar a conta. Os números e o investimento justificam a blindagem:

A leitura é clara: desmontar a dupla que somou 45 gols na última temporada seria um suicídio esportivo em um ano de cobrança por títulos.

A Matemática dos R$ 400 Milhões: Quem Sai?

Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Se os intocáveis ficam, como o Palmeiras pretende atingir quase R$ 400 milhões em vendas? A resposta passa por negociar ativos periféricos, ajustar o elenco e capitalizar sobre a base. O planejamento prevê:

  • Saídas de “Meio de Elenco”: Jogadores como Aníbal Moreno (na mira do River Plate) podem sair se o investimento for recuperado. Micael também tem conversas para empréstimo com venda futura no exterior.
  • Jovens Promessas: Sem Endrick ou Estêvão, o clube aposta em nomes como Benedetti, Luighi e Riquelme Fillipi para compor o caixa com vendas de menor porte, mas em volume.
  • Futebol Feminino: Uma receita já considerada certa é a venda de Amanda Gutierres por US$ 1,1 milhão, transação recorde na modalidade.
  • Percentuais Futuros: O clube conta com receitas “pingadas” de ex-jogadores, como aconteceu recentemente com a ida de Kevin para o Fulham (R$ 22,3 milhões).

Marcos Amaral
Marcos Amaral
Jornalista formado pela Estácio de Sá, cobre futebol por paixão e profissão. Jogador amador, é especialista na cobertura do Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro, Atlético, Grêmio e Corinthians. Há mais de anos acompanha de perto o futebol nacional.