O Palmeiras mantém os olhos voltados para o mercado mexicano em busca de um reforço de peso para o meio-campo. O clube alviverde voltou a fazer contato para entender a situação de Marcel Ruiz, destaque do Toluca, mas esbarrou nos mesmos obstáculos que já haviam esfriado o interesse no meio de 2025.
O primeiro deles é financeiro: para tirar o jogador do México, é preciso pagar uma multa rescisória estipulada em US$ 16 milhões (cerca de R$ 88,1 milhões na cotação atual).
Além do valor elevado, que exigiria um dos maiores investimentos da história do Verdão, existe a barreira do desejo pessoal do atleta. O estafe de Ruiz reforçou ao Palmeiras que a prioridade do meia de 25 anos segue sendo uma transferência para a Europa.
O jogador acredita que seu ciclo no México o preparou para o salto ao Velho Continente e vê o Brasil, neste momento, como uma rota alternativa, e não como o plano principal.
Toluca Campeão e a “Parede” Financeira Contra o Palmeiras
A negociação, que já era difícil, tornou-se ainda mais complexa devido ao momento esportivo do Toluca. O clube mexicano acaba de conquistar o título do Apertura 2025, vencendo o Tigres na final, o que valorizou ainda mais o seu elenco. Com o cofre cheio e a taça na mão, o Toluca não tem nenhuma necessidade ou pressa de vender seus titulares.

Por isso, a postura dos mexicanos é de blindagem: quem quiser levar Marcel Ruiz terá que pagar a multa integral. Não há margem para barganha ou parcelamentos facilitados. O Palmeiras, ciente dessa rigidez, mantém a pauta no estágio de consulta e monitoramento, sem ter formalizado uma proposta oficial nesses valores até o momento.
O Verdão até topa triplicar o salário do jogador, na tentativa de deixar mais atraente o contrato.
Análise Moon BH: O Jogo de Paciência
O Palmeiras está fazendo o movimento correto de mercado ao manter Marcel Ruiz no radar, mas a operação tem “cara” de difícil execução no curto prazo. O Verdão esbarra em um triplo obstáculo: a multa de R$ 88 milhões, a rigidez de um clube vendedor rico (Toluca) e a ambição europeia do atleta.
Para transformar essa sondagem em contratação real, o Palmeiras precisará contar com fatores externos. O cenário só muda se a janela europeia fechar as portas para Ruiz, frustrando seu plano A. Nesse caso, o Brasil poderia surgir como um atalho competitivo visando a Copa do Mundo. Sem esse “gatilho”, pagar a multa integral para convencer um jogador que prefere estar em outro lugar é um risco que a gestão de Leila Pereira raramente assume.