Um negócio fechado em Porto Alegre vai render uma bolada milionária e “inesperada” nos cofres do Palmeiras. O Internacional encaminhou a venda do atacante Wesley, de 26 anos, para o Al-Rayyan, do Catar. E o Verdão, que de forma estratégica manteve 50% dos direitos econômicos do atleta, vai faturar metade da operação, em um valor que pode chegar a R$ 31,5 milhões.
A informação é mais um exemplo da gestão de ativos bem-sucedida do clube alviverde.
A Engenharia de um Negócio Genial
Quando vendeu Wesley em 2023, o Palmeiras negociou apenas uma parte de seus direitos, mantendo uma fatia de 50% justamente de olho em uma futura valorização. Agora, a aposta se paga. A negociação do Inter com o Al-Rayyan tem valores divergentes na imprensa:
- ge: Fala em US$ 10 milhões (R$ 54 milhões)
- ESPN: Crava €10 milhões (R$ 63,5 milhões)
Na prática, isso significa que o Palmeiras deve receber entre R$ 27 milhões e R$ 31,5 milhões, mais uma pequena parcela via mecanismo de solidariedade da FIFA.
O Dinheiro que Paga a Conta
Essa receita inesperada chega em um momento perfeito. O Palmeiras foi o clube mais gastador do ano, com um investimento que ultrapassou os R$ 700 milhões em reforços, como a recente chegada de Andreas Pereira. O dinheiro da venda de Wesley ajuda a “pagar a conta” e a manter o balanço financeiro do clube saudável.
Análise: A Arte de Ganhar Dinheiro Fora de Campo
Para o Palmeiras, a venda de Wesley é o negócio ideal: o clube não perde nenhum jogador do elenco atual, mas fatura como se tivesse vendido, graças à manutenção inteligente dos 50% dos direitos.
É uma política que o clube vem repetindo para proteger seus ativos e garantir receita recorrente. Em tempos de janela inflacionada, a capacidade de ganhar duas vezes com o mesmo jogador — primeiro na venda parcial, depois na revenda — é uma vantagem competitiva gigantesca e a marca de uma gestão que pensa no futuro.