O Flamengo confirmou a venda do jogador ao Pumas, do México, por € 5 milhões (aproximadamente R$ 32,3 milhões na cotação atual). A negociação encerra um ciclo curto, mas intenso, marcado por uma despedida emotiva do camisa 23 nas redes sociais, onde resumiu o peso de ter atuado no Maracanã: “Vestir o Manto Sagrado não é para qualquer um”.
A transferência foi tratada com agilidade nos bastidores da Gávea. O Pumas buscava um atacante pronto e com rodagem internacional, enquanto o Flamengo viu a oportunidade perfeita para ajustar o elenco para 2026 sem sofrer prejuízo financeiro.
A Matemática da Venda no Flamengo: Operação “Zero a Zero”
Do ponto de vista contábil, a venda de Juninho foi um movimento de proteção de patrimônio. O valor de € 5 milhões pago pelos mexicanos é exatamente a mesma cifra que o Flamengo desembolsou para tirar o jogador do Qarabag (Azerbaijão) no início de 2025.
Na prática, o clube consegue recuperar o investimento nominal feito na compra. Embora não haja lucro sobre a taxa de transferência, o Flamengo evita a desvalorização de um ativo que não se firmou como titular absoluto e libera espaço na folha salarial para novas investidas na janela.
O Adeus: “As ruas jamais vão esquecer”

Se em campo a passagem foi rápida, nas redes sociais o tom foi de gratidão mútua. O Flamengo publicou uma homenagem com a legenda “As ruas jamais vão esquecer”, enquanto Juninho postou um texto longo agradecendo à Nação e aos companheiros.
O trecho que viralizou entre os torcedores foi a exaltação à camisa rubro-negra:
“Realizei o sonho de jogar no Maracanã lotado e ter meu nome cantado. Vestir o Manto Sagrado não é para qualquer um e levarei essa honra para sempre.”
Análise Moon BH: Pragmatismo de Mercado
A venda de Juninho é um retrato fiel do Flamengo pós-2025: menos apego a narrativas e mais pragmatismo de mercado. Se o atacante não virou o protagonista esperado, segurá-lo no banco por inércia seria caro e improdutivo. Ao vender pelo mesmo preço que comprou, o clube evita a “desvalorização silenciosa” e transforma um ativo que não decolou em capital líquido imediato.
A questão que fica para 2026 não é sobre a saída de Juninho, mas sim sobre a reposição. O Flamengo abriu a vaga no ataque; se trouxer um nome com maior capacidade de decisão para jogos grandes, a operação será lembrada como um ajuste fino de gestão. Se não repuser à altura, vira apenas mais um capítulo da rotatividade excessiva no setor ofensivo.