O sonho da Nação Rubro-Negra de ver Richarlison vestindo o Manto Sagrado do Fla em 2026 esfriou consideravelmente. Embora o Flamengo tenha realizado sondagens e monitorado a situação do “Pombo”, a realidade do mercado e, principalmente, o plano de carreira do próprio jogador, tornam a operação “quase impossível” no curto prazo.
O atacante definiu que sua prioridade absoluta é permanecer na Europa até a Copa do Mundo, e os valores da negociação ultrapassam a casa dos R$ 300 milhões.
O Obstáculo 1: O “Plano Copa do Mundo” e a Prioridade Europeia
O maior entrave, neste momento, é a vontade do atleta. Richarlison e seu estafe entendem que, para garantir uma vaga de titular na Seleção Brasileira de Carlo Ancelotti para a Copa do Mundo de 2026, ele precisa se manter em atividade no mais alto nível competitivo. Retornar ao Brasil agora seria visto como um passo atrás em termos de vitrine e intensidade de jogo.
Com contrato na Premier League até junho de 2027, o foco do jogador é recuperar seu espaço na Inglaterra ou, se for negociado, buscar uma transferência para outra grande liga europeia (Espanha, Itália ou Alemanha). O interesse de mercados alternativos, como a MLS (onde o Orlando City monitora o jogador), é tratado pelo estafe como um “plano pós-Copa”, não uma opção para agora.
O Obstáculo 2: A Muralha Financeira de R$ 300 Milhões
Mesmo que o jogador topasse voltar, a matemática da operação é proibitiva. O Flamengo teria que lidar com duas cifras astronômicas:
- A Taxa de Transferência: Um clube da Premier League não libera um atacante titular da Seleção Brasileira por pouco. A pedida inicial para abrir conversas seria na casa das dezenas de milhões de euros.
- O Salário “Padrão PL”: Este é o maior impeditivo. O salário de Richarlison na Inglaterra gira em torno de £ 6 a 7,5 milhões por ano (cerca de R$ 40 a R$ 50 milhões anuais). Isso representa um custo mensal de R$ 3,3 a R$ 4,1 milhões, muito acima do teto salarial do Flamengo (que já lida com renovações complexas na casa dos R$ 2 milhões, como a de Arrascaeta).
Somando a taxa de transferência com um contrato de dois anos de salários e encargos, a operação total ultrapassaria facilmente os R$ 300 milhões, um investimento que a diretoria rubro-negra considera fora da realidade no momento.
Sem muitas chances de Richarlison no Flamengo agora

Com Richarlison fora de pauta, o planejamento de José Boto e Filipe Luís para 2026 segue focado em duas frentes: a primeira é a recuperação total de Pedro para a final da Libertadores, que segue sendo o “dono” da camisa 9 e é considerado inegociável.
A segunda é a busca por um atacante que complemente o elenco, mas em um perfil financeiro completamente diferente. O Flamengo deve focar suas energias em oportunidades de mercado, como a “novela” Anderson Talisca (que pode ficar livre) ou alvos de ligas da Europa continental e América do Sul, que exijam um investimento compatível com o orçamento do clube, sem “implodir” o teto salarial do vestiário. A “novela Richarlison”, embora empolgue a torcida, é decidida na planilha: e os números, hoje, não fecham.