HomeEsportesFlamengoFlamengo: A 'barca' de 2026? O futuro de Pedro e a venda...

Flamengo: A ‘barca’ de 2026? O futuro de Pedro e a venda milionária de Lorran que já está engatilhada

A janela de transferências mal fechou, e o Flamengo já tem o seu planejamento para 2026 traçado. O clube se prepara para duas grandes e distintas operações de mercado: a blindagem (quase) intransponível de seu artilheiro, Pedro, e a venda já “engatilhada” da joia da base, Lorran.

Os dois casos, que representam os extremos da estratégia de mercado do clube, mostram como a diretoria planeja equilibrar a manutenção de seus pilares com a necessidade de fazer caixa e seguir oxigenando o elenco.

A mensagem para o mercado é clara: o Flamengo se protege e controla o destino de seus principais ativos, mas também sabe a hora certa de vender.

Lorran e Pedro no Flamengo

  • O Flamengo vai vender o Pedro em 2026? O Flamengo recusou uma proposta de US$ 20 milhões por Pedro e o considera inegociável. No entanto, o clube pode reabrir as conversas em janeiro de 2026 se receber uma oferta “irrecusável”, muito superior à anterior, vinda principalmente do mercado árabe.
  • O Lorran já foi vendido? Ainda não, mas a venda está bem encaminhada. Ele foi emprestado ao Pisa, da Itália, com uma cláusula de compra obrigatória de €4 milhões, que será ativada se ele cumprir metas de jogos. O Flamengo ainda manterá um percentual de uma futura revenda.

Dossiê de Ativos: O Futuro do Ataque Rubro-Negro

1. A Fortaleza Pedro: O Preço da Coroa

O caso de Pedro é uma demonstração de força da diretoria rubro-negra. Na reta final da última janela, o Al-Rayyan, do Catar, colocou na mesa uma proposta que chegou a US$ 20 milhões (cerca de R$ 109 milhões). A resposta do Flamengo foi um “não” imediato, sem sequer abrir negociação.

A posição do clube se baseia em dois pilares. O primeiro é esportivo: Pedro é o artilheiro, a referência técnica do ataque de Filipe Luís e peça-chave na briga por todos os títulos. O segundo é de mercado: com contrato até 2027, o clube tem total controle e entende que o valor oferecido ainda está abaixo do que considera justo. Uma nova conversa em janeiro só acontecerá se a proposta for de um patamar “fora da curva”, que compense a imensa perda técnica.

2. A Venda Programada: O “Até Logo” de Lorran

Se com Pedro a porta está trancada, com Lorran ela foi estrategicamente aberta para o futuro. O jovem meia-atacante, uma das maiores joias do Ninho do Urubu, foi emprestado ao Pisa, da Itália, em um modelo de negócio que é a cara da gestão do Flamengo.

O clube italiano pagou pelo empréstimo e será obrigado a comprar o jogador por €4 milhões (cerca de R$ 25 milhões) se ele atingir metas de performance pré-estabelecidas. O mais importante, no entanto, é que o Flamengo ainda manterá um percentual dos direitos do atleta, garantindo um lucro ainda maior em uma futura revenda na Europa. É uma operação que dá rodagem internacional ao jovem, garante uma venda futura e ainda mantém o clube como “sócio” de seu potencial.

Análise Final: A Gestão de um Império

O Flamengo entra na reta final de 2025 com uma estratégia de mercado de dois tempos muito clara. No curto prazo, a ordem é “blindar” os pilares, como Pedro, para garantir a competitividade máxima.

No médio prazo, o clube já pavimenta o caminho para vendas lucrativas e inteligentes, como a de Lorran. É a gestão de um elenco galáctico em seu mais alto nível: o clube sabe exatamente quem é inegociável, quem é a “venda do futuro” e, principalmente, o preço de cada um deles.

Marcos Amaral
Marcos Amaral
Jornalista formado pela Estácio de Sá, cobre futebol por paixão e profissão. Jogador amador, é especialista na cobertura do Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro, Atlético, Grêmio e Corinthians. Há mais de anos acompanha de perto o futebol nacional.