O técnico Leonardo Jardim tomou uma decisão estratégica que pode redefinir o final de temporada do Cruzeiro. Com a vaga direta na Libertadores 2026 matematicamente garantida após a vitória sobre o Corinthians, o treinador português decidiu abrir o rodízio do elenco nas três últimas rodadas do Brasileirão. A medida visa preservar os titulares desgastados e dar ritmo de jogo a peças que podem ser decisivas na final da Copa do Brasil.
A grande notícia é para Gabigol. O camisa 9, que vive um momento de baixa e insatisfação com a reserva, voltará a ter protagonismo e minutos importantes para tentar “virar a chave” antes de 2026.
O Plano do Cruzeiro: Gestão de Fadiga e “Teste de Fogo”
A lógica de Jardim é clara: o elenco não são apenas 11 jogadores. Com uma sequência invicta de 10 jogos e a 3ª posição (68 pontos) consolidada, o Cruzeiro se dá ao luxo de gerir a fadiga.
- Quem Ganha Espaço: Além de Gabigol, jogadores como Luis Sinisterra (voltando de lesão), Bolasie, Walace e os laterais jovens (Kauã Moraes e Kaiki) devem ganhar minutagem significativa contra Ceará, Botafogo e Santos.
- O Objetivo: Ter o “segundo pelotão” afiado e com ritmo de competição para a decisão da Copa do Brasil contra o Corinthians, evitando que o time chegue “estourado” fisicamente.
A “Sobrevida” de Gabigol: A Última Chance?
Para Gabigol, a decisão de Jardim é uma oportunidade de ouro. O atacante soma 13 gols na temporada, mas viu seu rendimento cair drasticamente no segundo semestre (apenas 2 gols nos últimos 16 jogos). Com um contrato até 2028 e salário de estrela, ele precisa mostrar serviço agora.
Esses jogos finais do Brasileirão servirão como um vestibular. Se Gabigol corresponder, ele se coloca como opção real para a final e fortalece sua permanência para 2026. Se falhar, a discussão sobre sua saída ganhará ainda mais força na reunião agendada para dezembro.
Análise: O Cruzeiro Pensa em 2026 Agora
O rodízio de Jardim não é um abandono do Brasileirão; é um movimento de inteligência. O Cruzeiro ainda sonha com o vice-campeonato, mas a prioridade é chegar à final da Copa do Brasil com o tanque cheio.
Ao dar minutos a jogadores caros como Gabigol e Sinisterra, o clube valoriza seus ativos e testa quem realmente tem condições de vestir a camisa celeste na próxima Libertadores. É um teste de luxo para um elenco que quer terminar o ano levantando taça.
