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Cruzeiro diz “não” a R$ 184 milhões por Pedro e o teto de gastos da SAF

O Cruzeiro está determinado a contratar o atacante Pedro, joia revelada pelo Corinthians e hoje no Zenit (Rússia), mas não a qualquer preço. A informação do interesse celeste esbarrou em um obstáculo financeiro que travou o avanço da negociação: o clube russo exige € 30 milhões, cerca de R$ 184 milhões na cotação atual, para liberar o jovem de 19 anos.

A Raposa foi clara nos bastidores: o valor está fora da realidade e qualquer avanço só acontecerá se o Zenit topar reduzir drasticamente a pedida.

O Preço Fora da Curva: Por que R$ 184 Milhões Travam

O pedido do Zenit é quase quatro vezes maior que a contratação mais cara da história do Cruzeiro, que é Kaio Jorge (cerca de R$ 41 milhões).

Pagar R$ 184 milhões por Pedro colocaria o Cruzeiro em um patamar de investimento que nem mesmo o novo momento da SAF de Pedrinho BH está disposto a bancar. Seria um recorde que se aproximaria de operações como a de Vitor Roque no Palmeiras, mas por um jogador que ainda não se firmou completamente no cenário europeu.

O Ativo “Pedro” e o Risco do Zenit

O interesse do Cruzeiro no atacante é justificado. Pedro é um ponta de 19 anos, com histórico de Seleção de Base, habilidoso e com alto potencial de revenda. No Zenit, ele já soma 52 jogos e 8 gols, evoluindo de promessa a peça importante.

Foto: reprodução

O Zenit se sente confortável em pedir um valor inflacionado, pois no passado já recebeu (e recusou) uma oferta de € 35 milhões do Al-Ittihad, da Arábia Saudita. A lógica russa é clara: se não vendeu a preço de ouro para o Oriente Médio, não vai dar um “desconto” gigantesco para um clube brasileiro.

O Teto da Nova SAF: Ambição com Responsabilidade

O posicionamento do Cruzeiro em descartar o negócio por R$ 184 milhões mostra que o clube é ambicioso, mas ainda joga com responsabilidade. A SAF de Pedrinho BH está disposta a pagar um novo recorde — talvez algo na faixa de € 12 a € 18 milhões (R$ 75 a R$ 110 milhões), que já seria a maior compra da história —, mas não vai quebrar sua estrutura financeira por um único ativo.

A negociação está em xeque: ou o Zenit flexibiliza sua pedida (talvez com um valor fixo menor + bônus e percentual de revenda), ou o Cruzeiro recua e prioriza alvos mais acessíveis. Por enquanto, o valor imposto pelos russos faz de Pedro mais um “sonho de mercado” do que um alvo real para 2026.

Esportes Redação
Esportes Redação
Jornalista esportivos que trabalham há mais de 15 anos na cobertura diária dos principais clubes brasileiros, com foco em Atlético, Cruzeiro, Flamengo, Palmeiras, Corinthians e Botafogo.