A festa pela vitória gigante do Cruzeiro por 2 a 0 sobre o Atlético começou no apito final e invadiu a madrugada. Longe dos holofotes, o que se viu foi um vestiário em coro, reencontros emocionados com familiares e um recado claro de foco para o jogo de volta. Em campo, a Raposa abriu uma vantagem imensa; fora dele, a atmosfera já era de semifinal.
O Vestiário: Cantoria e “Pé no Chão”
Assim que a porta do vestiário se fechou, o grito preso na garganta explodiu. Registros que viralizaram nas redes mostraram uma comemoração “à moda antiga”: cantoria, banho de isotônico e a alegria genuína de quem venceu uma batalha.
No entanto, em meio à euforia, a voz dos líderes tratou de colocar o time de volta no eixo. A palavra de ordem, repetida por todos, era uma só: “pé no chão, ainda faltam 90 minutos”.
A Ala dos Familiares: O Alívio e o Fair Play
No saguão reservado a familiares, o clima era de alívio e orgulho. Esposas, filhos e pais receberam os jogadores com abraços demorados. Em um belo gesto de fair play, Kaio Jorge, do Cruzeiro, e Reinier, do Atlético, que são amigos, se abraçaram na saída, mostrando que a rivalidade fica dentro de campo.
A Voz do Herói: “Uma das Semanas Mais Felizes”
Herói da noite com o segundo gol, Kaio Jorge resumiu o sentimento do grupo, vivendo uma semana mágica com a convocação para a Seleção e o gol no clássico.
“É uma das semanas mais felizes da minha carreira”, disse, mas logo colocou o pé no freio: “Agora é pensar no próximo jogo e fechar a conta no Mineirão”.
Análise: A Festa Medida de um Time Maduro
O placar traz dinheiro (a semi paga quase R$ 10 milhões) e, principalmente, moral. Por isso, a comemoração do Cruzeiro foi uma mistura perfeita de alegria e pragmatismo.
O time celebrou o feito, protegeu o corpo e guardou o fôlego para a grande decisão em casa, no dia 11 de setembro. Foi uma noite de festa, sim, mas com a consciência de que o jogo de ontem foi apenas o primeiro tempo de uma decisão que ainda está em aberto.