É difícil imaginar um jogo de futebol que não comece com crianças entrando em campo com os jogadores de ambos os times para, juntos, cantarem o hino, mas nem sempre foi assim.
Tudo começou com o diretor de relações públicas do Clube Atlético Mineiro, Ronan Ramos Oliveira, que sempre teve o sonho de entrar em campo quando criança, mas nunca conseguiu realizar.
Em 1976 o time passava por uma dificuldade financeira e precisava levar mais pessoas para os estádios, de olho na bilheteria. Para Ronan, a estratégia aproximaria os jovens do futebol e teria o poder de atrair mais famílias para os estádios.
A primeira partida que contou com 11 crianças entrando em campo aconteceu no dia 5 de setembro de 1976, em uma partida entre o Galo e o Coelho (1 a 0 para o Atlético com gol de Reinaldo). Os jogadores só ficaram sabendo no dia e levaram um susto.
Ronan teve a ideia de colocar crianças sósias de cada jogador, o que dificultou bastante o trabalho.
Dificilmente Ronan imaginaria que sua ideia chegaria tão longe. Hoje quase todas as partidas, em todos os campeonatos, contam com 11 crianças entrando em campo. Do Brasileirão, a Champions e a Copa do Mundo.
Em 2020 o jornal El País publicou uma matéria questionando a cobrança de 700 libras, cerca de R$ 4.500 para que cada criança entrasse em campo para times como West Ham e Norwich. Na Champions, o Tottenham cobra mais de 500 euros.
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