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Cruzeiro: Pedrinho surpreende e compra outro concorrente

Pedrinho, dono da rede Supermercados BH, está redefinindo o varejo alimentar no Sudeste. Na última semana, anunciou a aquisição da rede Canguru, com três unidades no Espírito Santo, elevando para 41 lojas no estado — distribuídas em 11 cidades.

O negócio, cujo valor permanece em sigilo, segue a estratégia de expansão agressiva que incluiu a compra do Bretas (MG) por quase R$ 1 bilhão dias antes.

Apesar de assumir a operação das lojas da Canguru, os imóveis continuarão com a família Dall Orto Dalvi, fundadora da marca. A jogada permite ao Supermercados BH ampliar sua presença sem os custos fixos de propriedade, focando em escala e logística.

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“É um modelo inteligente: ganhamos capilaridade rapidamente, enquanto os antigos donos mantêm ativos imobiliários”, analisa um consultor do setor.

Pedrinho investe no ES

A entrada no ES começou em 2023, com a compra do Grupo DMA, que operava as bandeiras Epa e Mineirão Atacarejo. As unidades foram rebatizadas como Supermercados BH, seguindo o padrão de unificação de marcas. Agora, com a Canguru, a rede solidifica sua posição como player regional, competindo com gigantes como Grupo Mateus e Carrefour.

O movimento não é aleatório. O ES, vizinho de MG, tem um mercado consumidor em crescimento, com PIB per capita acima da média nacional (R$ 44,6 mil em 2023) e demanda por varejo moderno.

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Pedrinho do Cruzeiro comprou o Bretas

A compra do Bretas — 54 lojas, 8 postos de combustível e centros de distribuição — foi o maior negócio recente de Pedrinho. O valor, próximo a R$ 1 bilhão, revela a ambição de dominar o interior de MG, onde o Bretas era líder em cidades como Divinópolis e Passos.

A aquisição não só elimina um concorrente direto, como permite ao Supermercados BH aumentar seu poder de compra. “Com mais unidades, a rede negocia melhores preços com fornecedores, repassando parte da economia ao consumidor”, destaca um executivo do setor.

Rede maior, preços menores

No varejo de alimentos, margens são apertadas (em média 2% a 5%). Para sobreviver, escala é crucial. Ao comprar em quantidade, redes grandes conseguem descontos de fornecedores, reduzindo custos. Exemplo:

  • 10 mil caixas de leite: Preço unitário de R$ 4,50.
  • 100 mil caixas: Preço cai para R$ 3,90.
  • 1 milhão de caixas: R$ 3,50.

Essa lógica explica a corrida de Pedrinho por aquisições.

Com as aprovações do CADE pendentes para Bretas e Canguru, Pedrinho deve focar em integrar as operações. Rumores indicam que o próximo alvo pode ser uma rede no Rio de Janeiro, mas o empresário mantém sigilo.

Naiara Souza

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