A traição compulsiva é um comportamento repetitivo no qual uma pessoa se envolve em relacionamentos extraconjugais de maneira impulsiva, muitas vezes sem um motivo aparente ou sem a intenção de prejudicar o parceiro.
Dentro da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), compreendemos esse fenômeno como um padrão disfuncional sustentado por pensamentos automáticos, crenças centrais e esquemas emocionais disfuncionais.
Muitas vezes, a traição compulsiva está associada a distorções cognitivas, como a minimização (“não é tão grave se ninguém descobrir”) ou a racionalização (“meu parceiro não me dá atenção suficiente”). Esses pensamentos automáticos reduzem a culpa e reforçam o comportamento, tornando-o recorrente.
Outro fator importante são as crenças centrais disfuncionais, que podem estar enraizadas desde a infância. Alguém que cresceu em um ambiente onde o afeto era instável pode desenvolver a crença de que “relacionamentos são inseguros” ou “o amor sempre acaba”, levando à busca constante por novas conexões como uma forma de evitar o medo da rejeição.
Além disso, a traição compulsiva pode estar ligada a um déficit no controle inibitório e na regulação emocional. Pessoas que apresentam altos níveis de impulsividade ou que utilizam a excitação de uma nova relação como forma de fugir de emoções desconfortáveis (como tédio, baixa autoestima ou ansiedade) podem encontrar na traição uma válvula de escape momentânea.
A boa notícia é que padrões disfuncionais podem ser modificados. A TCC auxilia no reconhecimento dos gatilhos emocionais, na reestruturação de crenças disfuncionais e no desenvolvimento de estratégias mais saudáveis para lidar com emoções. Se você ou alguém próximo enfrenta esse padrão, a terapia pode ser um caminho para compreender e transformar esse comportamento.
Psicóloga Luiza Malta Messias
ou a psicóloga Luiza Malta, com enfoque na Terapia Cognitivo-Comportamental. Ajudo centenas de pessoas que se importam com saúde mental em Belo Horizonte e ao redor do mundo, presencialmente e virtualmente.
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