É o projeto de mobilidade urbana que poderia mudar a cara de Belo Horizonte: uma nova e moderna linha de metrô ligando o hipercentro, na Savassi, ao coração de Ribeirão das Neves. O plano existe, está em estudos e tem potencial para beneficiar diretamente mais de 400 mil pessoas. Mas a pergunta que o belo-horizontino se faz é: por que ele ainda não saiu do papel?
A resposta, por enquanto, está na diferença entre o que é planejamento e o que é obra. Enquanto a ligação Neves-Savassi orbita os estudos técnicos, o que avança de fato nos canteiros é a construção da Linha 2, que ligará o Barreiro à região central.
O Trajeto da Revolução Urbana
O traçado em estudo para a nova linha é estratégico. Partindo da Savassi, cruzaria a Avenida Dom Pedro II, passaria por bairros densos como o Alípio de Melo, atenderia ao polo do CEASA e chegaria, enfim, ao centro de Ribeirão das Neves. Seria uma espinha dorsal capaz de tirar uma pressão imensa do trânsito em algumas das vias mais congestionadas da capital.
A Realidade: O que Está Acontecendo de Fato
Enquanto o sonho da linha Neves-Savassi não tem verba nem cronograma, a realidade das obras do metrô hoje se concentra em duas frentes:
- Linha 2 (Barreiro-Calafate): Com obras em andamento e 24 novos trens já encomendados, a previsão é de que comece a operar por volta de 2028.
- Modernização da Linha 1: A operadora Metrô BH vem realizando reformas nas estações existentes, com instalação de wi-fi e novos painéis.
O Sonho que Depende do Dinheiro
A linha Neves-Savassi é uma excelente política pública e um ótimo marketing urbano, mas ainda carece do que realmente move uma obra desse porte: contrato assinado, cronograma definido e, principalmente, dinheiro na conta. A boa notícia é que o projeto ganhou prioridade nos estudos técnicos recentes.
A má notícia é que a história de BH é cheia de bons planos que nunca viram concreto. O desafio, a partir de agora, é transformar o mapa bonito em licitação, e a licitação, em túnel perfurado. Até lá, a população da Grande BH segue no aguardo.
