Segundo o portal ‘O Fator’, um empreendimento em condomínio de luxo na Grande BH apresenta sérios riscos geotécnicos, mas as obras continuam com o suposto conhecimento da Cemig e de órgãos fiscalizadores.
Uma obra de grande porte em um condomínio de luxo na região metropolitana de Belo Horizonte acendeu um alerta para um possível “risco de tragédia”. De acordo com uma reportagem do portal O Fator, o empreendimento estaria avançando apesar de apresentar graves riscos associados, com o conhecimento da Cemig e de outras autoridades.
A obra e os riscos apontados
O empreendimento em questão estaria sendo realizado em uma área dentro de um condomínio de luxo, próximo a Belo Horizonte. A reportagem do O Fator destaca que a construção envolve a remoção de vegetação nativa e uma grande terraplanagem em uma encosta.
No condomínio, com casas de luxo em que o condomínio pode chegar a custar R$ 8 mil, estão construindo um clube de lazer que deve custar mais de R$ 30 milhões, com quadras e piscinas. Mas a proximidade com as linhas de alta tensão podem representar um risco aos moradores e eventualmente, a milhões de moradores de Minas Gerais.
“A torre em questão integra o circuito Sabará-Brumadinho, responsável pelo fornecimento de energia elétrica a cerca de dois milhões de mineiros”, diz o site. Se houver um problema grave, essas pessoas poderiam ficar sem abastecimento de energia.
Conhecimento da Cemig
Ainda segundo a matéria, o que torna a situação mais grave é que a Cemig, companhia energética de Minas Gerais, teria conhecimento dos riscos. A reportagem sugere que a empresa teria sido notificada sobre os perigos que a obra representa para a sua própria infraestrutura, mas que, ainda assim, o empreendimento continua em andamento.
Em resposta ao site, a Cemig teria alegado que está em processo judicial para conseguir a reintegração de posse da área invadida pelo clube.
A suspeita é de que os interesses econômicos por trás da obra milionária estariam se sobrepondo aos alertas técnicos e de segurança.
A preocupação dos moradores
A denúncia teria partido de moradores e especialistas preocupados com as consequências da intervenção. A comunidade local teme que um evento climático extremo, como chuvas fortes, possa desencadear um deslizamento, resultando em uma tragédia com perdas materiais e humanas.
Uma moradora do condomínio, ouvida pela reportagem, também denuncia que o clube já estaria operando grandes eventos no local, com mais de 1,5 mil pessoas.
A luta dos moradores agora é para que os órgãos de fiscalização, incluindo a prefeitura local e os órgãos ambientais, reavaliem a licença da obra e garantam a segurança da região. O Moon BH não conseguiu encontrar os responsáveis pelo condomínio para comentar, mas o espaço segue aberto.























