O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), que está em viagem oficial a Israel, precisou ser levado a um bunker na madrugada desta sexta-feira (13) após o acionamento de sirenes de alerta. O alarme soou em Tel Aviv por volta das 3h da manhã (horário local), em meio às crescentes tensões geopolíticas na região, incluindo relatos de ataques entre Israel e Irã.
O prefeito viajou no último domingo (8) a convite oficial para participar de um evento sobre tecnologia e segurança. Em um vídeo divulgado em suas redes sociais de dentro do abrigo, Damião relatou o susto, mas afirmou estar seguro.
“Acordei assustado… tocou a sirene, descemos rapidamente para o bunker”, contou o prefeito. “Estava tranquilo, mas tenso. As pessoas daqui estão acostumadas, passaram segurança a todos nós”, completou, descrevendo o abrigo como uma estrutura subterrânea com paredes de concreto de cerca de 50 cm de espessura.
Álvaro Damião vai antecipar volta
Álvaro Damião, que viaja acompanhado do secretário de Segurança, Márcio Lobato, tinha retorno previsto para o dia 20 de junho. No entanto, com o fechamento temporário do espaço aéreo israelense, a volta foi antecipada.
O prefeito prometeu voltar assim que for possível: “No primeiro voo que tiver para o Brasil, eu volto. Vou ficar no quarto, não vou andar pela cidade. O evento para mim está cancelado. As agendas continuam, eram todos os dias, mas para mim acabou”.
Enquanto aguarda, ele permanece em contato constante com a embaixada brasileira e o Itamaraty, seguindo todos os protocolos de segurança locais.
Repercussão em BH
A missão oficial do prefeito a Israel tinha como objetivo conhecer inovações em segurança pública e visitar centros de tecnologia, buscando soluções que pudessem ser aplicadas em Belo Horizonte. A experiência de vivenciar na prática os protocolos de segurança em uma situação de crise real acabou adicionando um caráter inesperado à viagem.
Enquanto isso, em Belo Horizonte, a viagem já é alvo de debate. Vereadores de oposição na Câmara Municipal protocolaram pedidos de informações, questionando os custos da missão, a escolha do destino em um momento de alta tensão e o alinhamento do modelo de segurança israelense com as políticas de direitos humanos.























