A Feira Hippie de BH é muito mais que uma feira. Entenda sua história e por que ela é a alma da cidade

Foto: PBH

Para o belo-horizontino, o domingo tem um endereço certo: a Avenida Afonso Pena. É lá que, há mais de 50 anos, acontece a Feira de Artes, Artesanato e Produtores de Variedades, carinhosamente conhecida como Feira Hippie. Mas chamá-la de “feira” é pouco. Ela é um programa, um ponto de encontro, um gigantesco organismo vivo que pulsa no coração da capital mineira.

A história começou em 1969, na Praça da Liberdade, com um pequeno grupo de artesãos e artistas — os “hippies” — expondo seus trabalhos. Era um movimento de contracultura que fincou raízes e cresceu. Com o tempo, a feira se tornou tão grande que precisou ser transferida, em 1991, para a Afonso Pena, onde ocupa hoje vários quarteirões e reúne mais de 2.000 expositores.

O que faz dela um lugar tão especial? A diversidade. A feira é dividida por setores e é possível encontrar de tudo: roupas, calçados, bolsas, bijuterias, móveis, objetos de decoração, arte e, claro, comida.

A área de alimentação é um capítulo à parte, uma viagem pelos sabores de Minas e do mundo. É quase um ritual parar para comer um acarajé, um churrasquinho ou o famoso feijão tropeiro em uma das barracas.

Dicas para aproveitar a Feira Hippie:

  • Chegue cedo: A feira começa a funcionar por volta das 8h. Chegar cedo garante mais tranquilidade para caminhar e melhores produtos.
  • Vá com calçados confortáveis: A feira é enorme e você vai andar bastante.
  • Leve dinheiro em espécie: Embora muitos aceitem PIX e cartão, o dinheiro vivo pode facilitar as negociações em barracas menores.
  • Explore sem pressa: Não se limite aos corredores principais. Perca-se pelas vielas laterais, converse com os artesãos e descubra produtos únicos.

A Feira Hippie é a mais pura tradução da alma de Belo Horizonte: diversa, criativa, popular e incrivelmente acolhedora.