Um cirurgião plástico de Belo Horizonte está sendo investigado pela Polícia Civil depois de queixas de pacientes com cirurgias plásticas feitas por ele. Com quase 100 mil seguidores nas redes sociais, ele atende em área nobre da capital.
O médico está sendo investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais após pacientes relatarem complicações severas pós-cirurgias, incluindo necrose da pele, infecções e feridas abertas. Pelo menos três mulheres afirmam ter gastado mais de R$ 30 mil cada em procedimentos realizados em 2024, com desdobramentos que exigiram novas intervenções médicas e geraram traumas físicos e emocionais.
Uma das vítimas, que preferiu não se identificar, viajou de outro estado para realizar uma mastopexia com prótese e uma lipoaspiração, atraída pelas postagens do médico nas redes sociais.
O custo total, incluindo hospedagem e transporte, ultrapassou R$ 40 mil. Após retornar a BH, ela precisou ser submetida a uma cirurgia corretiva, mas o quadro se agravou. “Estou com dores constantes e cicatrizes que não fecham”, desabafou.
Leia também: Nora de Alexandre Kalil, médica é acusada de deixar amiga em coma
“Eu enviava fotos para ele, questionava, mas ele demorava dias para responder. E quando respondia, dizia que estava tudo bem, que era algo normal”, disse.
Uma outra paciente contou um relato similar sobre o que enfrentou ao fazer o procedimento com o profissional:
“Percebi que era um grande engano. Já no segundo dia, notei que meu seio estava com uma coloração anormal, mais escura, indicando possível necrose. Durante os retornos, o médico insistia que era algo normal e, após 18 dias, me mandou de volta para casa. No entanto, depois disso, meu peito abriu completamente”.
Em nota ao jornal O Tempo, ele se defendeu dizendo que tem 18 anos de experiência e que sempre atuou pautado pela ética e bom profissionalismo.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPC) diz que não lhe cabe investigar eventuais desvios médicos ou má conduta.
