Foto: Julia Lanari / Divulgação
Há 50 anos, um grupo de amigos se reuniu no bairro Lagoinha, em Belo Horizonte, com uma ideia simples: trazer alegria e movimento à cidade uma semana antes do Carnaval, período que costumava ser tranquilo e até mesmo vazio na capital mineira.
Assim, em 1975, nascia a Banda Mole, que se tornaria o mais tradicional e querido pré-carnaval da cidade. Neste sábado, 22 de fevereiro, a festa promete reunir milhares de foliões na Avenida Afonso Pena, com uma programação repleta de atrações, dois trios elétricos e um palco principal.
Mas nem sempre foi assim: na primeira edição, foram apenas 10 músicos no chão e cerca de 100 pessoas acompanhando o cortejo na Rua da Bahia.
A história da Banda Mole se confunde com a própria história de Belo Horizonte. Luiz Mário Ladeira, conhecido como Jacaré, um dos fundadores do bloco, lembra com carinho dos primeiros anos.
Com o tempo, a Banda Mole cresceu e se transformou em um dos maiores eventos de pré-carnaval do país. Em 1995, o bloco bateu recorde, reunindo mais de 400 mil pessoas na Avenida Afonso Pena, com atrações de peso como Araketu e Jota Quest. A mudança da Rua da Bahia para a Afonso Pena foi necessária para acomodar o público cada vez maior, e a festa nunca mais foi a mesma.
Um dos marcos na história da Banda Mole foi a chegada do axé music, que completa 40 anos em 2025. O gênero, popularizado em Salvador, trouxe uma nova energia para o bloco mineiro. A introdução do trio elétrico, criado por Dodô e Osmar na Bahia, revolucionou o evento. Belo Horizonte foi uma das primeiras cidades a adotar o palco sobre rodas, o que ajudou a atrair ainda mais foliões.
Ao longo dos anos, a Banda Mole mostrou-se atenta às tendências musicais, incorporando gêneros como pagode, sertanejo e até mesmo funk. A grade deste ano, por exemplo, traz nomes como Akatu, Toninho Geraes, Júlia Rocha, Zé da Guiomar e Vira e Mexe, garantindo uma festa diversificada e cheia de ritmos.
Uma das histórias mais emocionantes da Banda Mole envolve o grupo Mamonas Assassinas. Em 1996, a banda, que era a mais requisitada do país na época, seria a atração principal do bloco. Jacaré estava em negociações com a equipe dos Mamonas quando, infelizmente, o trágico acidente aéreo tirou a vida dos artistas, impedindo que eles se apresentassem em Belo Horizonte.
O episódio marcou profundamente a história do bloco e é lembrado até hoje com pesar e saudade.
A Banda Mole é mais do que um bloco de Carnaval; é um símbolo de resistência, alegria e tradição. Ao longo de cinco décadas, o evento se reinventou, acompanhou as mudanças culturais e musicais do país, mas nunca perdeu sua essência: reunir pessoas para celebrar a vida e a cultura mineira.
Neste sábado, a Avenida Afonso Pena será tomada por cores, música e dança, em uma festa que promete emocionar tanto os veteranos quanto os novos foliões. A Banda Mole segue viva, pulsante e pronta para mais 50 anos de história.
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