América deveria focar em ganhar torcedores gays por três motivos

Enquanto Cruzeiro e Atlético brigam pelo título de maiores torcidas de Minas Gerais, há um campo ainda não explorado por nenhum e que pode ser uma mina de ouro para América, mais tradicional clube do estado, mas que não tem torcida tão expressiva.

Há alguns anos as marcas perceberam que abraçar o público LGBTQIA+ é mais do que “lacração”, como dizem alguns críticos das campanhas focadas neste público, é uma fonte importante de renda.

O movimento é chamado de ‘pink money’ e consiste em agradar uma parcela do público que durante anos ficou de escanteio.

Muitas vezes ignorados e reprimidos, estudos comportamentais indicam que o público LGBTQIA+ podem buscar uma auto afirmação social a partir do consumo, ou seja, buscam uma validação social através dos gastos em compras, que muitas vezes são caras.

Casa exatamente com o mundo do futebol, que explora seus torcedores usando a paixão pelo clube. Até fechar, a loja da Lacoste vendia camisas polo no Boulevard Shopping por cerca de R$ 350. O valor é parecido com o que praticam os clubes de futebol, que costumam lançar três uniformes por ano.

Além da oportunidade financeira

Claro que pesa o motivo lucro para qualquer empresa, mas o quesito público também é um ‘mercado’ a ser explorado pelo clube.

Mais torcedores significa mais ingressos vendidos, mais audiência na televisão e mais torcida, literalmente falando, o que também desperta mais interessa da mídia.

De uns anos pra cá camisas de futebol são cada vez mais vistas em frequentadores de bares onde o público é predominantemente LGBTQIA+, que além de um post nas redes sociais uma vez por ano, não recebe atenção dos clubes.

O interesse começa a crescer e como em todo mercado, é uma oportunidade para as marcas.

Relevância do público

As marcas perceberam que quem ‘lacra lucra’, mas também que ganham um público dedicado e fiel.

Segundo um estudo da Usp, cerca de 12% dos adultos brasileiros se declaram LGBTQIA+. Isso significa mais de 2 milhões de mineiros.

Em 2022 o América registrou média de público de pouco mais de 1.500 pessoas no estádio por jogo da Série A. Dificilmente o time vai roubar torcedores do Cruzeiro ou Atlético, mas tem um público gigantesco esperando ser ‘adotado’.

Se o problema de relações públicas forem as piadinhas homofóbicas,

Fhilipe Pelájjio

Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas.

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