Com impeachment de Fuad, BH teria novo prefeito escolhido por vereadores

A presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) Nely Aquino (Podemos) aceitou o pedido de impeachment do prefeito Fuad Noman (PSD) nesta quarta-feira, 7, por crime de responsabilidade após nomeações de suposto nepotismo cruzado.

O pedido de afastamento foi feito pelo advogado Mariel Marra, que já tinha entrado com pedidos contra Alexandre Kalil (PSD), que renunciou para concorrer ao governo de Minas contra Romeu Zema (Novo).

Para que o pedido seja aberto, é preciso ter maioria simples dos presentes. Já o processo deve ocorrer em até 90 dias, com uma comissão escolhida por sorteio.

Para que o afastamento seja aprovado, são precisos 2 terços dos 41 votos.

Prefeito escolhido pelos vereadores

Pela primeira vez na história de Belo Horizonte desde a redemocratização, o pedido de impeachment faria com que um novo prefeito seja escolhido de forma indireta.

Como o afastamento será julgado já na segunda metade do mandato e a cidade não tem um vice-prefeito (pois Fuad era o vice de Kalil), a constituição determina que o novo ocupante da PBH seja escolhido pelos 40 vereadores.

Neste caso, qualquer um pode se candidatar, mas somente os 40 podem votar.

Ruy Lage, em 84

O último prefeito de Belo Horizonte escolhido de forma indireta foi Ruy Lage, que tomou posse em 23 de agosto de 1984 e ficou no cargo até 1º de janeiro de 1986.

Fhilipe Pelájjio

Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas.