Talvez a Duda Salabert seja o maior nome da comunidade LGBT de Minas Gerais hoje na política. Por isso ela recebe um montão de críticas e ataques gratuitos, inclusive com ameaças de morte. Então eu decidi ignorar essa parte da campanha dela e ver o que sobra das propostas. Será que as propostas dela vão além das “pautas gays”? Este é o resultado:
Eu venho de uma família de professoras e sempre fui indignado por saber que além de ganharem pouco, os que me davam aula não recebiam vale transporte. A gente sempre ficava animado com a chance deles faltarem em dias de chuva. A explicação é simples: precisam se virar pra ir trabalhar.
Eu sou de Itabira, cidade onde a Vale surgiu. E lá, o maior status social que se pode atingir é trabalhar na mineradora. Só que o minério de ferro está acabando. Hoje a Vale opera com cerca de 30% de sua capacidade na minha cidade só pra não sair de lá e deixar todo mundo em crise.
Só que em menos de 10 anos não vai ter mais o que tirar da terra e milhares de pessoas vão ficar sem emprego. Um montão de gente que eu conheço, inclusive. Eu só vim pra BH porque não tinha perspectiva de empregos fora da Vale.
É por isso que as cidades precisam de diversificação. Até porque na tragédia de Mariana, por exemplo, um dos argumentos mais usados era de que se a mineradora fosse punida e fechasse, deixaria uma cidade toda sem emprego.
O coronavírus veio de um animal e segundo a OMS, 7 a cada 10 novas doenças descobertas no mundo também têm a mesma origem.
Ou seja, se preocupar até com a saúde daquele cachorro de rua pode prevenir uma doença muito mais grave no futuro.
Você pode me apresentar argumentos pra deixar uma árvore em pé ou para cortar ela. Não importa. E não importa porque o mundo decidiu que o caminho será a preservação. O Brasil lucrou bilhões porque desenvolveu a tecnologia de carros híbridos antes de todo mundo e hoje somos um dos maiores produtores de etanol.
Neste ponto a Duda volta a se destacar. Prova disto é que ela não imprimiu nenhum panfleto e nem santinho na campanha pra não gerar um montão de lixo em papel e toxinas (tinta de impressão). Candidato que fala muito tem demais, mas quantos você vê seguindo o que fala?
A conclusão é que deixar de votar na Duda Salabert só porque ela é uma pessoa trans é muito vacilo. Se com quem ela dorme tiver um peso maior que essas propostas, é melhor a gente desistir e deitar no chão.
*Este é um artigo de opinião do autor e não representa, necessariamente, a opinião do site.
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