Talvez você não conheça o engenheiro Henrique Chaves, mas é impossível não conhecer algumas das criações dele. Dentre elas, o Festival de Verão BH, o Land Spirit, Outland, a Benerick’s, marca de bebidas que leva seu sobrenome e o Planeta Brasil, quarto maior festival do Brasil.
Em entrevista exclusiva, Henrique contou como festival começou, os perrengues, a mistura de artistas locais, nacionais e internacionais e os planos de expansão do festival, que já começou. A entrevista completa está no final da matéria.
Para Henrique, a mistura de artistas ao redor do planeta junto com artistas de todo o Brasil está no sangue do festival. “Carregar as alcunhas de Planeta e de Brasil sempre foi de imensa responsabilidade pra gente. O Planeta Brasil é um festival global, mas que nunca abriu mão da importância de se assumir nacional, regional e, antes de tudo, local. Somos apaixonados com Belo Horizonte e com os artistas da cidade. E olha que isso não se trata de bairrismo. É porque BH respira mesmo uma cena muito efervescente de música”, explicou.
O festival começa a ganhar outras cidades do país. No último fim de semana, sob a chancela do Planeta Brasil, eles apresentaram a primeira edição do Floripa Eco Festival, em Florianópolis:
“Este ano de 2022 é um marco não só do Maior Planeta Brasil de Todos os Tempos, como também o nascimento do nosso hub de festivais brasileiros. Acabamos de realizar o primeiro Floripa Eco Festival, em Santa Catarina, com chancela do Planeta. 2023 promete!”.
“Sentimos que o público sente isso quando vê a nossa programação, ano atrás de ano. Somos inquietos, curiosos e exigentes. A receita é produzir o festival que gostaríamos de ir. E isso resulta nessa relação super especial com o público, que há 13 anos vem nos impulsionando a sonhar, a crescer e a realizar”, disse, o que explica um público tão fiel. Leia a entrevista completa abaixo:
Fhilipe Pelájjio – Como surgiu a ideia de fazer o Planeta Brasil?
Henrique Chaves – O Festival Planeta Brasil nasceu da nossa paixão por música e por festivais. Já realizávamos uma série de festas, shows e eventos em Belo Horizonte, um conjunto de ações que nos prepararam para criar e assumir esta grande marca. São 13 anos de amor, dedicação e compromisso com essa história, com nossos artistas e, claro, com nosso público. Nascemos com a ideia de fazer o festival dos nossos sonhos. Um festival que inserisse Belo Horizonte no circuito de grandes eventos musicais brasileiros. A semente foi plantada, lá em 2009, e hoje temos a grande alegria de poder colher os frutos como o quarto maior festival do Brasil – e o maior fora do eixo Rio-SP.
Fhilipe Pelájjio – Como foi a primeira edição e quais foram as dificuldades e perrengues pra fazer o evento acontecer?
Henrique Chaves – A primeira edição foi marcada por desafios, mas também pela certeza de que deveríamos seguir em frente. Choveu bastante, mas nem por isso o público deixou de comparecer e dançar ao som de Lulu Santos, O Rappa, e Monobloco. Era outro tempo. Naqueles idos de 2009 Belo Horizonte estava acostumado com eventos gigantes como Axé Brasil, Pop Rock. O Planeta Brasil era um ponto fora da curva. Mesmo com atrações tão populares, era feito um festival independente, alternativo. Foi preciso tempo, trabalho e muita troca com o público para construirmos o festival que somos hoje.
Fhilipe Pelájjio – Hoje o Planeta Brasil é o maior festival de MG e um dos maiores do país. Mas todo produtor de eventos com quem já conversei me falam sobre as dificuldades para produzir fora do eixo Rio-São Paulo. Essa visão faz sentido até hoje?
Henrique Chaves – Faz sentido sim, mas muito menos do que antes. O que antes parecia impossível ou improvável, hoje é uma realidade: conseguimos furar a bolha do eixo Rio-São Paulo. Belo Horizonte tem hoje o quarto maior festival do Brasil – e o maior fora destas duas capitais. Enfrentamos muitas adversidades para chegar até aqui. E isso só se tornou possível graças a um público cativo que veio construindo essa história com a gente. Rompendo barreiras físicas e geográficas. Tem gente do Brasil inteiro vindo para o festival. Retrato da proporção que essa história tomou.
Fhilipe Pelájjio – Nos últimos anos o Planeta trouxe cantores internacionais como Wiz Khalifa, Jason Mraz, agora 50 Cent e Lauryn Hill, mas também gigantes brasileiros como Seu Jorge, Jorge Ben Jor, Milton Nascimento e dezenas de outros grandes nomes. Mas pra ser sincero, o que me chama atenção é que, por exemplo, em 2017 trouxeram KVSH e em 2018 Lagum, quando ainda eram pouco conhecidos. Como é definir um line up que conta com estrelas nacionais e internacionais, mas dando oportunidade para artistas locais em ascensão?
Henrique Chaves – Carregar as alcunhas de Planeta e de Brasil sempre foi de imensa responsabilidade pra gente. O Planeta Brasil é um festival global, mas que nunca abriu mão da importância de se assumir nacional, regional e, antes de tudo, local. É preciso abrir espaço. E é muito importante que essa abertura parta de dentro para fora.
Somos apaixonados com Belo Horizonte e com os artistas da cidade. E olha que isso não se trata de bairrismo. É porque BH respira mesmo uma cena muito efervescente de música. Você citou KVSH e Lagum, mas ainda temos aqui Djonga, Sidoka, Marina Sena, Vhoor, FBC e tantas outras bandas e estrelas que hoje brilham por todo lado. Sempre houve e sempre haverá espaço para as atrações locais dentro do Planeta. É o nosso compromisso com a cidade. É o nosso compromisso com a boa música.
Fhilipe Pelájjio – É claro que a pandemia afetou o Planeta Brasil, que tradicionalmente acontece no início do ano. Em 2023 ele volta pro primeiro trimestre ou pode ficar definitivamente para o segundo semestre?
Henrique Chaves – Vamos deixar o Festival Planeta Brasil 2022 passar e depois a gente revela esse segredo! Mas já vale ir se preparando para 23, porque o gigante está mais acordado do que nunca!
Fhilipe Pelájjio – Eu conheci o festival quando eu trabalhava em outro site e ganhei ingresso do meu chefe, ainda em 2016. De lá pra cá fui em todas as edições. Todos os meus amigos têm o mesmo sentimento: você vai em um e quer voltar em todos. O que explica um público tão fiel?
Henrique Chaves – Acredito que seja uma combinação de fatores. Mas o primeiro deles, sem dúvidas, tem a ver com nosso compromisso com a boa música e a nossa paixão por festivais. Sentimos que o público sente isso quando vê a nossa programação, ano atrás de ano. Somos inquietos, curiosos e exigentes. Exatamente como cada pessoa que esperamos encontrar na nossa pista.
Passamos o ano inteiro pesquisando, ouvindo e buscando inspirações e referências. Estamos sempre ligados nas tendências musicais e culturais do Brasil e do mundo.
A receita é produzir o festival que gostaríamos de ir. E isso resulta nessa relação super especial com o público, que há 13 anos vem nos impulsionando a sonhar, a crescer e a realizar.
Fhilipe Pelájjio – Ano a ano o Planeta Brasil não para de crescer. Prova disto é que vem ocupando cada vez mais áreas do Mineirão. Como imaginam o futuro do festival? Já pensaram em levar para outras capitais ou outros países?
Henrique Chaves – Este ano de 2022 é um marco não só do Maior Planeta Brasil de Todos os Tempos, como também o nascimento do nosso hub de festivais brasileiros. Acabamos de realizar o primeiro Floripa Eco Festival, em Santa Catarina, com chancela do Planeta. 2023 promete!
Fhilipe Pelájjio – Foi um longo hiato desde a última edição. O que esperar no Planeta Brasil 2022?
Henrique Chaves – Um festival de reencontros, abraços e sorrisos. A cura da nossa saudade de grandes shows e grandes momentos. Que seja não só o Maior Planeta Brasil de Todos os Tempos, mas especialmente o melhor de todos eles. Podemos esperar um festival histórico e de fortes emoções!
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