Candidato critica Romeu Zema em rua de BH, é preso pela PM e desaparece

De acordo com os jornais O Tempo e Estado de Minas, a Polícia Militar prendeu um candidato a deputado estadual que criticou o candidato a governador Romeu Zema (Novo) em uma rua de Belo Horizonte, enquanto os dois faziam campanha.

Até o momento o candidato está desaparecido, já que órgãos de imprensa não conseguem informações oficiais de para onde ele foi levado.

Segundo O Tempo, enquanto caminhava pela avenida Visconde de Ibitiruna, o candidato a deputado estadual Felipe Gomes (PDT) teria criticado Zema usando um megafone “Em defesa da Serra do Curral”.

Foi então que, ainda segundo o jornal, seguranças do governador quebraram o megafone do candidato a deputado. Em seguida, cinco policiais militares prenderam o Felipe Gomes, sem saber dizer qual crime ele teria cometido.

Segundo o Estado de Minas, familiares e amigos do candidato não conseguem o encontrar.

Vários veículos de imprensa procuram informações sobre o candidato que desapareceu após criticar o governador Romeu Zema.

A vereadora Duda Salabert (PDT) postou que está indo para a delegacia tentar encontrar o candidato desaparecido:

O Moon BH tentou contato com a assessoria de imprensa de Romeu Zema e do Partido Novo, mas ainda não recebeu resposta.

Em nota, a Polícia Militar disse que conduziu o candidato a deputado porque ele estava perturbando o comércio local:

“A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) esclarece que na tarde desta segunda-feira, 05.09, conduziu um candidato a deputado estadual à Polícia Judiciária. A condução ocorreu após a PMMG ser acionada por perturbação do trabalho, por volta das 12h30, por um gerente de uma loja, localizada no Barreiro, em Belo Horizonte.

Segundo o solicitante, por várias vezes, foi pedido ao referido candidato que se retirasse do local, o que não foi atendido. Motivo pelo qual, houve a necessidade de acionamento da Polícia Militar.

A PMMG esclarece, ainda, que a guarnição policial, que esteve no local, também tentou parlamentar com o candidato, que insistiu na desobediência e resistiu, ativamente, à abordagem, resultando, inclusive, em lesões nos policiais militares.

O referido candidato foi conduzido para atendimento médico, não sendo verificadas lesões decorrentes da abordagem policial e, posteriormente, apresentado à Polícia Judiciária, junto com o solicitante, para adoção das medidas cabíveis.

A Polícia Militar esclarece que a condução do candidato se deu, exclusivamente, por perturbação do trabalho, resistência e lesões causadas aos policiais militares, tendo este permanecido sob guarda da instituição somente pelo tempo necessário para a conclusão de cada uma das etapas acima citadas.”