De acordo com os jornais O Tempo e Estado de Minas, a Polícia Militar prendeu um candidato a deputado estadual que criticou o candidato a governador Romeu Zema (Novo) em uma rua de Belo Horizonte, enquanto os dois faziam campanha.
Até o momento o candidato está desaparecido, já que órgãos de imprensa não conseguem informações oficiais de para onde ele foi levado.
Segundo O Tempo, enquanto caminhava pela avenida Visconde de Ibitiruna, o candidato a deputado estadual Felipe Gomes (PDT) teria criticado Zema usando um megafone “Em defesa da Serra do Curral”.
Foi então que, ainda segundo o jornal, seguranças do governador quebraram o megafone do candidato a deputado. Em seguida, cinco policiais militares prenderam o Felipe Gomes, sem saber dizer qual crime ele teria cometido.
Segundo o Estado de Minas, familiares e amigos do candidato não conseguem o encontrar.
Vários veículos de imprensa procuram informações sobre o candidato que desapareceu após criticar o governador Romeu Zema.
A vereadora Duda Salabert (PDT) postou que está indo para a delegacia tentar encontrar o candidato desaparecido:
🆘Urgente: o ambientalista Felipe Gomes
( @ahelixo )acabou de ser agredido e preso pela Polícia Militar.Motivo: fazer manifestação em defesa da Serra do Curral e críticas à política ambiental do ZemaNo vídeo,ele pergunta:Por que estou sendo preso?
Estou indo agora à delegacia pic.twitter.com/etEDD9lkKA
— Duda Salabert (@DudaSalabert) September 5, 2022
O Moon BH tentou contato com a assessoria de imprensa de Romeu Zema e do Partido Novo, mas ainda não recebeu resposta.
Em nota, a Polícia Militar disse que conduziu o candidato a deputado porque ele estava perturbando o comércio local:
“A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) esclarece que na tarde desta segunda-feira, 05.09, conduziu um candidato a deputado estadual à Polícia Judiciária. A condução ocorreu após a PMMG ser acionada por perturbação do trabalho, por volta das 12h30, por um gerente de uma loja, localizada no Barreiro, em Belo Horizonte.
Segundo o solicitante, por várias vezes, foi pedido ao referido candidato que se retirasse do local, o que não foi atendido. Motivo pelo qual, houve a necessidade de acionamento da Polícia Militar.
A PMMG esclarece, ainda, que a guarnição policial, que esteve no local, também tentou parlamentar com o candidato, que insistiu na desobediência e resistiu, ativamente, à abordagem, resultando, inclusive, em lesões nos policiais militares.
O referido candidato foi conduzido para atendimento médico, não sendo verificadas lesões decorrentes da abordagem policial e, posteriormente, apresentado à Polícia Judiciária, junto com o solicitante, para adoção das medidas cabíveis.
A Polícia Militar esclarece que a condução do candidato se deu, exclusivamente, por perturbação do trabalho, resistência e lesões causadas aos policiais militares, tendo este permanecido sob guarda da instituição somente pelo tempo necessário para a conclusão de cada uma das etapas acima citadas.”