A imprensa mineira está chocada com o que aconteceu com um repórter da Rádio Itatiaia no último sábado, 27, quando ele foi cobrir uma ocorrência de um policial civil que teria assediado uma criança de apenas 13 anos.
Após ter assediado a criança, lhe chamando de “novinha” e “mandou um beijo pra mim e falou: pego a novinha na hora que eu quiser’. E ele foi tão covarde que para sair da situação de pedofilia, ele simplesmente, na hora que deu de cara com a minha cunhada, falou ‘essa aqui é puta. Puta eu não pego. Eu só pego miss’”, relatou a mãe da criança.
O policial, que é candidato a deputado federal, encontrou os pais da criança na delegacia, onde seus colegas se recusaram a registrar um boletim de ocorrência.
Foi lá que o repórter da Itatiaia tentou conversar com ele para ouvir seu lado na história. Em determinado momento, o policial se envolveu em uma briga de rua e o jornalista começou a gravar.
O policial então tomou o celular dele e foi para dentro da delegacia. Lá, deu um soco no estômago do repórter e levou o celular dele para o banheiro, onde acessou arquivos pessoais e apagou o vídeo do ocorrido. Os demais agentes, civil e militar, apenas observaram o acusado de assediar uma criança fazer o que bem queria.
Segundo a Polícia Civil, a instituição não compactua com agentes agredindo repórteres e nem com policiais assediando crianças. Prometeu averiguar.
O governador Romeu Zema prometeu uma investigação rápida: “Sempre falo que no meu governo não tem ninguém protegido, eu não tenho parente que trabalha no governo e quero que tudo seja apurado”.
A diretora de jornalismo da Itatiaia, Maria Cláudia, emitiu nota de repúdio.
O Moon BH presta solidariedade ao jornalista atacado e repudia o ato de violência. Além disso, chama atenção para o fato de que além de um jornalista agredido, uma criança de 13 anos também o foi, menos de um mês após o assassinato da menina Bárbara Victória, de 10 anos.