Em BH pobre agoniza na UPA e rico pode consultar com própria secretária de Saúde

Belo Horizonte vive uma situação que mostra da forma mais crua a desigualdade social. Em uma semana, reportagens da Record TV Minas e da Itatiaia denunciaram que a população chega a aguardar até 12h e 24 horas por um simples atendimento médico.

Na reportagem da Record TV Minas, um homem, visivelmente abalado, declara que seu ‘sonho’ é “ter dinheiro para poder pagar uma consulta particular em BH”.

E quem tem este dinheiro pode se dar ao luxo e ao privilégio de se consultar com a própria secretária de Saúde, Cláudia Navarro, uma das mais respeitadas e gabaritadas médicas de Minas Gerais. Sua excelência é inquestionável por pacientes e colegas.

“Mesmo estando na Secretaria de Saúde, meu atendimento continua. Pode agendar com tranquilidade, que estarei aguardando”, anunciou ela:

Quando a imprensa faz questionamos para a gestão municipal, geralmente enfrenta duas situações. Como aconteceu no exemplo citado da Itatiaia e frequentemente com o Moon BH, nenhuma explicação é dada.

Já nas vezes em que resolve responder alguma coisa, dá praticamente a mesma nota: “está faltando médicos e estamos tentando contratar”. Nenhuma perspectiva de melhora ou algo sendo feito além disto.

A título de comparação, é como se viadutos estivessem caindo todo dia na capital e a prefeitura considerasse que não deve explicações à imprensa. Enquanto isto é como se o secretário de Infraestrutura estivesse anunciando seu escritório de engenharia no Instagram.

Com a palavra, PBH e Câmara Municipal de Belo Horizonte

O Moon BH já enviou questionamentos para a Prefeitura e também para a Câmara de vereadores. O espaço segue aberto. Caso algum dia queiram se posicionar, este texto será atualizado.

Nota do editor: este artigo não é um ataque a secretária de Saúde, que é uma das médicas mais qualificadas de Minas Gerais. Ela é uma unanimidade entre pacientes e colegas. Sua excelência técnica é inquestionável. Mas é sim, uma cobrança para a gestão municipal, eleita para resolver problemas e não fazer crônicas e constatar a realidade. Que faltam médicos, todo belo-horizontino [pobre] sabe.

Fhilipe Pelájjio

Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas.

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