A Prefeitura de Belo Horizonte está frustrada com a Câmara, que está levando mais tempo do que o previsto para entregar R$ 160 milhões por ano para as empresas de ônibus.
Então as empresas foram para a Justiça e conseguiram uma liminar para aumentar a passagem. A PBH sequer iria recorrer, mas quando viu que pegou mal, o prefeito Fuad Noman disse que “houve um mal entendido” e que iria, sim, contestar a decisão. Um fato curioso é quem sugeriu o valor de R$ 5,85 foram as empresas de ônibus e não a Justiça.
Quando o reajuste na passagem do metrô de BH foi proposto, em 2019, foi contestado e barrado. Um acordo precisou ser feito para que o aumento fossem gradual. Mas então, por que agora a prefeitura age como se não tivesse outra escolha a não ser dar o subsídio?
Apesar do novo prefeito agir como se não tivesse nenhuma outra alternativa, encontramos três, e com um pouco mais de boa vontade a PBH também encontraria:
1 – Milhões em multas não pagas. Segundo a Globo Minas, as empresas receberam 126 mil multas nos últimos dois anos e não pagaram nenhuma delas. A gestão municipal poderia argumentar que as empresas descumprem os contratos à revelia e que então, o valor do reajuste deveria ser abatido das multas pendentes
2 – Ônibus mais velhos voltaram a poder rodar em Belo Horizonte. Desde o final de 2021, em um acordo com a prefeitura, foi ampliado em 20% o tempo de vida útil dos veículos. De 10 anos para 12. Também poderia ser apresentado à Justiça este argumento, já que com mais tempo para renovar a frota, sobrou mais dinheiro.
3 – Cobradores! Não é novidade pra ninguém que as empresas debocham da Lei Municipal que obriga os veículos a andarem com os assistentes de bordo. Então que tal oficializar a situação? O fim dos agentes é uma tendência mundial para baratear o transporte público. A cidade de São Paulo, por exemplo, anunciou que já à partir de abril novos cobradores não serão mais contratados, e os existentes serão realocados para outras funções.
Segundo o presidente da Associação de Usuários de Transporte Coletivo da Grande BH (AUTC), Francisco de Assis Maciel, a economia anual que as empresas tem com a retirada dos agentes de bordo chega a R$ 210 milhões por ano. Segundo o presidente da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), Diogo Prosdocimi, andar sem os cobradores gera uma economia de até R$ 0,20 centavos:
“É uma decisão da cidade que a gente vai ter aqui neste ano. A gente tem custo, passivo de ser calculado, até já fiz algumas contas e daria entre 15 e 20 centavos na tarifa, e é uma decisão que a cidade vai ter que tomar. Não é uma decisão do presidente da BHTrans. A gente vai ter que sentar e ver o que a cidade prefere”, disse durante a CPI da BHTrans.
Se rodar sem os cobradores equivale ao mesmo valor do subsídio, vamos oficializar a situação, então, já que eles andam sem os cobradores, mesmo.
E mais, se R$ 160 milhões em subsídio dão R$ 0,20 de desconto na passagem, R$ 210 sem cobradores dão R$ 0,25. Agora, se a PBH quiser entregar tudo, o justo seria uma redução de pelo menos R$ 0,45. Arredonda estas multas que sabemos que nunca serão pagas e mais o aumento na vida útil dos veículos, dava pra fechar a passagem em R$ 4,00.
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