A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) irá apresentar nesta sexta-feira (18), o relatório final da CPI da Cemig. O documento, que possui mais de 300 páginas, é resultado de oito meses de investigações e depoimentos sobre possíveis irregularidades na gestão da estatal em 2019, em uma suposta tentativa de enfraquecê-la para a sua privatização.
Foram 31 reuniões, 172 requerimentos aprovados e 30 testemunhas foram ouvidas pela Comissão Parlamentar de Inquérito.
O relatório apresenta irregularidade em diversas contratações de empresas que não passaram por processos de licitação. Entre elas está a Exec Consultoria, que foi responsável pela contratação do atual presidente da companhia, Reynaldo Passanezi Filho. Neste caso, a comissão investigou a ingerência do Partido Novo nas decisões da estatal.
No relatório, a CPI deve apresentar denúncia pelo crime de peculato contra o atual presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, e contra os diretores da estatal: Hudson Félix Almeida e Rômulo Provetti. Também deverá ser denunciado o diretor Eduardo Soares pelo crime de corrupção passiva.
A Cemig afirmou, por meio de nota, que só irá se manifestar após a votação do relatório. De acordo com a companhia, todos os atos da atual gestão têm como objetivo preservar o patrimônio da estatal e assegurar melhoria na entrega de energia elétrica a seus clientes.
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