BH News

Prefeitura de BH pede para que população evite encontros, festas e idas a bares, mesmo com a reabertura

A prefeitura de Belo Horizonte aumentou ainda mais a flexibilização da reabertura do comércio, mas pede para que a população permaneça em casa.  Festas, encontros com amigos e até mesmo frequentar botecos, durante os horários estabelecidos pela prefeitura, continuam não sendo recomendados.

A PBH anunciou na última quinta-feira (27), a ampliação da reabertura comercial, dando um passo para “quase” voltar para a normalidade. Bares poderão abrir nos finais de semana, com venda de bebida alcoólica entre 17h e 22h. De acordo com o anúncio, as academias também poderão voltar a funcionar a partir desta segunda-feira (31).

No entanto, a flexibilização das medidas de contenção da COVID-19 na capital não significa que a pandemia passou, nem que seja recomendado ir aos estabelecimentos que foram autorizados a funcionar.

“A recomendação é a mesma (de antes). Só saia quando absolutamente necessário, com máscara e distância em relação às outras pessoas. Não é hora de aglomerar em hipótese alguma. Eventos dentro de casa são para as pessoas que estão em isolamento dentro de suas casas. É bom evitar (festas e encontros)”, afirma o médico infectologista e membro do Comitê de Enfrentamento ao vírus, Carlos Starling.

Starling relata que teve contato com vários casos de pessoas que, para diminuir a solidão do isolamento, convidaram um casal de amigos, ou poucas pessoas, para reuniões em casa e acabaram sendo infectados.

“Temos que lembrar que algo entre 30% e 40% dos contaminados são assintomáticos e têm potencial para transmitir a doença. É como na época da AIDS. Havia uma propaganda que dizia ‘quem vê cara, não vê AIDS’. Agora, que vê cara, não vê corona”, conclui o médico.

Decisão política

A importância do isolamento social é tamanha que o Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte (CMSBH) foi contrário às reaberturas anunciadas pela prefeitura. De acordo com a presidenta do órgão, Carla Anunciatta de Carvalho, as medidas tomadas não devem salvar a economia e foram baseadas em “pressões econômicas e políticas, não sanitárias”.

“O que aconteceu (a flexibilização) foi pressão dos empresários e dos adversários do prefeito, que vão concorrer à prefeitura neste ano. Kalil foi pressionado e também tem a questão de pensar na reeleição, acredito que abriu (a cidade) por causa disso”, afirma Carla.

“Não temos medicamento, não temos vacina. A nossa posição ainda é o isolamento social, que é a única forma de conter o vírus”, finaliza.

Redação

A redação do Moon BH é composta por jornalistas e redatores que escrevem diariamente sobre política, cidades e entretenimento.

Recent Posts

Zeca Pagodinho traz show de celebração aos 40 anos de carreira a BH

Celebre os 40 anos de carreira de Zeca Pagodinho em Belo Horizonte. A turnê traz…

16 horas ago

Nikolas Ferreira critica o indiciamento de Bolsonaro: “Que golpe é esse?”

Críticas de Nikolas Ferreira ao indiciamento de Bolsonaro e supostas relações indevidas entre membros do…

17 horas ago

Padre de Osasco é indiciado por tentativa de golpe ao Estado

Conheça os detalhes da investigação que envolve o padre José Eduardo de Oliveira e Silva…

18 horas ago

Cariúcha solta o verbo sobre Zezé Di Camargo: “Não tá cantando mais”

Cariúcha comenta sobre a voz de Zezé Di Camargo e dispara críticas. Saiba mais sobre…

22 horas ago

Hulk posta foto “indireta” para Luiz Henrique após treta em campo

Descubra os detalhes da polêmica entre Hulk e Luiz Henrique. Entenda o contexto por trás…

23 horas ago

Fernando Diniz comenta sobre final da Sul-Americana: “Não tenho dúvida”

Diniz comenta escalação do Cruzeiro para a grande final da Copa Sul-Americana. Técnico disse ter…

24 horas ago