A crise causada pela pandemia do novo coronavírus afetou muitos setores, e um dos mais atingidos foi o comércio. Pela primeira vez em 90 anos, o Mercado Central está de portas fechadas aos domingos. O maior centro comercial de BH está sofrendo com os efeitos negativos causados por essa crise.
Vários lojistas não vão reabrir os seus estabelecimentos, mesmo após a pandemia. Das 390 lojas do Mercado Central, 30 não têm mais condições de voltar à ativa. No momento, apenas 120 lojas estão funcionando.
De acordo com o superintendente do centro comercial, Luiz Carlos Braga, a situação se agravou por diversos motivos. Entre eles estão a diminuição do faturamento e a queda no número de clientes. Isso faz com que muitos lojistas não tenham condições de arcar com os custos de aluguel e despesas normais do comércio.
“É uma situação angustiante e delicada, que não ocorre apenas no Mercado Central e em Belo Horizonte – está no mundo todo. Entre funcionários e lojistas, todos os colaboradores estão envolvidos”, diz o superintendente.
Entre as lojas que encerraram as suas atividades, de diversos ramos, estão as de utilidades domésticas, artesanato, produtos naturais, entre outras. Bares, restaurantes e salões de beleza estão fechados desde 18 de março. Seguem abertas apenas as lojas de serviços essenciais, como do segmento de alimentação e farmácias, além de pontos de artigos religiosos e de animais, esse último apenas para tratamento dos bichos, com as vendas proibidas.