Quatro macrorregiões de Minas estão com 100% dos leitos de UTI ocupados

Triângulo e Norte, Vales do Aço e do Jequitinhonha estão com todas as unidades de terapias intensivas indisponíveis

 

Apesar do pico da Covid-19 em Minas Gerais ser só para a segunda quinzena de julho, algumas macrorregiões do estado já entraram em colapso com a falta de leitos de terapia intensiva. Segundo dados da Secretária de Estado de Saúde (SES), os Vales do Aço e do Jequitinhonha e o Triângulo Norte não têm sequer um leito de UTI disponível e as regiões Noroeste e Sudeste estão com mais de 90% de ocupação.

No quadro geral de leitos de UTI é de 70,5%. São 322 pacientes internados com sintomas de Covid-19, o que representa 11,39%. Minas dispõe 2.885 unidades desse tipo, 322 abrigam pacientes com o novo coronavírus. Ainda governo do estado informa que 2.827 leitos de UTI estão em produção em Minas Gerais.

E a situação pode piorar muito breve: nas regiões Leste, Nordeste e Noroeste restam menos de 10 leitos de UTI. Sobram, respectivamente, quatro, dois e cinco unidades. No Vale do Aço, os 156 leitos de UTI estão ocupados: 124 demais internações e 32 por COVID-19. Já no Vale do Jequitinhonha inteiro, são 26 leitos de UTI no total:25 ocupados por outras internações e apenas um por paciente diagnosticado com COVID-19. E o colapso também pode acontecer no Triângulo Norte do estado:dos 222 leitos, 211 estão ocupados por outras doenças e 11 por infectados pelo novo coronavírus.

Minas tem pelo menos um caso de Covid em 554 dos 853 municípios do estado.

Os novos óbitos foram registrados em Belo Horizonte (quatro), Contagem (dois), Uberaba (dois), Betim, São Joaquim de Bicas, Juiz de Fora, Tiradentes, Conselheiro Lafaiete Ipaba, Ipatinga, Montes Claros, Uberlândia, Pedrinópolis, Teófilo Otoni, Raposos e Paraisópolis. Uma morte não teve a cidade informada.