Em entrevista ao programa “Pânico”, da rádio Jovem Pan, realizada na tarde desta quinta-feira (21), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), detalhou as ações de combate ao COVID-19 no Estado.
De acordo com Zema, Minas vem sofrendo de forma menos intensa os efeitos da pandemia do novo coronavírus. Isso acontece pelo Estado ter adotado antecipadamente as medidas de isolamento social. Ele ainda afirmou que deixou a cargo dos prefeitos a escolha sobre qual remédio será distribuído às populações.
Sobre as medidas tomadas pelo prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), Zema afirmou que ele tem agido “fora da curva”.
“Ele (Kalil) tem esse estilo dele, como você (entrevistador) disse, que é bem único, bem expressivo, né, vamos dizer assim, e tem conduzido a pandemia em Belo Horizonte de uma forma distinta, inclusive de outras cidades aqui, da região metropolitana. Betim é diferente, Contagem é diferente. E eu quero aqui deixar um elogio para o prefeito de Betim (Vittorio Medioli), que fez mais de 200 leitos em uma das cidades que têm um dos menores índices do Estado. Então, tem muita gente trabalhando em silêncio, e tem alguém gritando e, às vezes, fazendo quase nada, que parece ser um pouco a situação aqui da capital”, explicou Zema.
O governador completou dizendo que Belo Horizonte vem sendo importante na contribuição para a diminuição de casos de COVID-19 no Estado. Porém, segundo ele, agora é a hora de olhar a disponibilidade de leitos para o enfrentamento da pandemia.
“Hoje, Minas é o segundo melhor Estado do Brasil, atrás apenas do Mato Grosso do Sul, no que diz respeito a óbitos por 100 mil habitantes. E, se vocês fizerem uma visita aos nossos hospitais, vocês vão encontrar, em todos eles, ou na grande maioria, uma reclamação gigantesca de que eles estão ociosos”, afirmou.
A subnotificação de casos no Estado, é quatro vezes maior que a média nacional, de acordo com estudos de universidades. Zema afirmou que esse problema existe, mas que hoje não há uma demanda da população por testes. “As pessoas não tem procurado o Estado para fazer teste, e eu não vou ficar laçando pessoa para fazer teste”, disse.
Além disso, o governador também comentou sobre a situação financeira de Minas Gerais, que aparenta ser uma das piores entre os estados.
“A situação de Minas é a mais grave de todos os estados do Brasil. Só conseguimos fechar as contas graças a receitas extraordinárias. A ajuda do governo federal é fundamental, mas nem sequer completa a metade do que estamos perdendo com arrecadação de ICMS. Aqui, cortamos programas sociais, e o Estado não tem recursos neste momento”, afirmou Zema.
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