Pesquisa feita pelo Instituto Olhar/Crisp da UFMG aponta que a população da Grande BH tem mais medo de contrair o novo coronavírus do que teme perder o emprego. De acordo com a pesquisa, o percentual de pessoas que responderam ter mais medo da infecção chegou a 71,3%, enquanto aqueles que temem mais pelos empregos e sua rendam somam 28,7%.
Esse receio em relação à doença mostra que a maioria dos entrevistados acha que ainda não é a hora de flexibilizar o isolamento social. A pesquisa mostra que 59% querem manter um isolamento rigoroso nas cidades em que moram. 36,6% afirmaram já ser a hora de uma liberação gradual de algumas atividades. Já a minoria, representada por 4,4%, quer o fim do regime de afastamento.
Embora o cenário da economia afete toda a população, o receio com as consequências da doença e a preocupação com a saúde ainda é maior. Isso faz com que as pessoas considerem o isolamento social como a principal forma de prevenção da COVID-19.
“Hoje, dispomos apenas destas três opções: isolamento rígido, flexibilização gradual e abertura. Ainda predomina o entendimento de que não seja um momento de se ter um abrandamento do isolamento, já que a preocupação com os efeitos da doença e com a preservação da vida ainda são maiores, apesar dos impactos na renda”, afirma Matheus Lemos Andrade, sócio-diretor do Instituto.
Distribuição de notas
Na pesquisa, os entrevistados também emitiram notas de zero a dez, avaliando o apoio ao isolamento social, medo da infecção, desempenho do governo em relação ao enfrentamento da pandemia e comprometimento econômico. Essa rodada foi realizada entre os dias 07 e 12 de maio.
De acordo com a pesquisa, o apoio ao isolamento está com uma nota elevada, com a média de 8,4. Já a visão sobre o comprometimento das pessoas em relação ao isolamento social, está marcando 7,4 pontos.
Em relação ao desempenho no combate ao novo coronavírus, o governo federal tem a maior concentração de notas zero, com 41,5%. Já o governo de Minas, tem 20,6% de respostas que registraram a nota mínima.