O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), anunciou em uma transmissão online, realizada nesta terça-feira, a criação de 1,9 mil covas em cemitérios municipais para as vítimas do coronavírus. Apesar da medida, ele garantiu que a política de isolamento social deve continuar na cidade e descartou a possibilidade de uma data para a reabertura do comércio.
“Quero pedir ao povo de BH a compreensão do momento dramático que estamos vivendo. Os hospitais vão ficar lotados. A pandemia vem para Belo Horizonte. Mas se conseguirmos alongar isso um pouquinho, temos a possibilidade de a doença não chegar”, afirmou. Além disso, o prefeito voltou a criticar a postura de algumas cidades que abriram mão da quarentena.
Durante a transmissão, Kalil fez um apelo ao poder judiciário em relação às medidas tomadas no município. Na última sexta-feira, a Justiça suspendeu o decreto que limitou a gratuidade dos ônibus coletivos aos idosos. O decreto que bloqueava os ônibus que viessem de cidades em que o isolamento social foi interrompido, também foi derrubado.
Em outro momento, o prefeito assegurou a distribuição de 2 milhões de máscaras e 270 mil cestas básicas para a população de maior vulnerabilidade, durante o período da pandemia. Desde a semana passada, um decreto emitido pelo chefe do Executivo Municipal obriga o uso de máscaras na capital mineira.
De acordo com Kalil, a estimativa é de que a cidade já tenha gasto mais de R$50 milhões com a crise econômica causada pelo coronavírus. Porém, ele garante que ainda vai ajudar os comerciantes a se recuperarem depois que a pandemia estiver estabilizada.
