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Belo-horizontina conta como é ser garota de programa em Londres

Sem dúvidas alguma você já deve ter ouvido alguém dizer algo como: “vou ir rodar bolsinha pra pagar isso ou aquilo”. Apesar de quase sempre ser em tom de brincadeira, a prostituição acaba sendo uma escolha de muita gente.

Em Londres, principal cidade do Reino Unido e uma das mais importantes do mundo, o que não faltam são profissionais do sexo (homens e mulheres). Cá entre nós, os brasileiros são os preferidos.

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Seja por não falar a língua do país, por não conseguir outro emprego ou por gosto mesmo, essa é uma opção adotada por vários imigrantes. Luisa*, por exemplo, é belo-horizontina e conversou comigo sobre como é viver de prostituição.

Aos 28 anos, ela se mudou pra Londres há 5 e desde então vive ilegalmente.

Montagem: Reprodução Internet – Fhilipe Pelájjio Londres

Carreira planejada

Luisa conta que sempre soube o que ia fazer no exterior: “Eu já cheguei aqui sabendo que ia fazer programa pra viver. Já tinha feito alguns em BH e quando uma amiga veio pra cá pra fazer isso decidi vir também. Nos primeiros dias foi ela que me hospedou, mas agora tenho casa alugada”.

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De onde vem os clientes

“Cliente é o que não falta. Uma cidade como Londres tem muita gente bem de vida que não se importa em pagar por sexo. No início foi a minha amiga que me ajudou nesse ponto também, mas hoje uso aplicativos, sites e sempre tem indicação de amigos dos próprios clientes”

Quanto custa

Sobre os valores, Luisa diz que pode ganhar mais de um salário mínimo brasileiro em um dia: “450 reais (100 libras) por hora pra gente parece muito, mas pra eles são algumas horas de trabalho. As vezes eu ganho três vezes isso em um dia. Se eu economizar aqui vou voltar rica pro Brasil”.

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Riscos da profissão

“Sempre tem muito risco. Aqui as pessoas tem mais medo de aprontar, mas rola muita sacanagem também. Como eu sou ilegal, tenho que ter mais cuidado ainda porque se eu for reclamar na polícia vou ser deportada”, disse ela sem aparentar ter muito medo.

Fhilipe Pelájjio – London – Moon BH

Compensa?

Perguntada se essa vida compensava pra ela, Luisa me disse o seguinte: “depende de cada um. Cada um sabe o que é capaz de fazer e o que pode suportar. Pra mim é tranquilo, mas humilhações sempre vão rolar. Só não adianta pensar que é dinheiro fácil porque de fácil não tem nada”.

Ela continua pesando suas duas situações: “pra mim esse trabalho compensa, o que estraga tudo é ter que viver ilegal. Sabe a droga que é você ter dinheiro pra comprar uma casa e não poder? Você não poder comprar as coisas mais caras que você quer porque sabe que se for deportado vai perder tudo?”

Vai ser pra sempre?

“Não!!! O Brasil é maravilhoso. Cada dia que passa é uma saudade maior. Mas também não vou voltar de mãos abanando, porque se não nada teria valido à pena”

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*Apenas o primeiro nome foi usado a pedido da entrevistada para garantir privacidade.

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Fhilipe Pelájjio

Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas.

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