O ex-conselheiro do clube, Márcio Cadar, revelou detalhes da proposta que um fundo de investimentos fez em 2023, mas que foi prontamente recusada pela gestão do Atlético por condicionar o aporte à participação na gestão da Arena.
A história por trás da negociação da SAF do Atlético ganhou um novo capítulo com a revelação dos motivos que levaram o clube a recusar uma proposta de R$ 250 milhões em 2023. O ex-conselheiro do clube, Márcio Cadar, que representa um fundo de investimentos, afirmou que a oferta não avançou porque o grupo de investidores exigia, como condição, ter participação na gestão da Arena MRV.
A condição que barrou o negócio
De acordo com Márcio Cadar, a proposta de aporte de R$ 250 milhões foi formalmente apresentada ao Atlético no ano passado. No entanto, o negócio estava condicionado a uma contrapartida principal: que o fundo de investimentos tivesse voz e participação nas decisões e receitas da Arena MRV.
Essa exigência foi o ponto que barrou completamente a negociação.
A posição do Atlético sobre a Arena MRV
A diretoria da SAF, comandada pelos “4Rs” (Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador), considera a Arena MRV um ativo 100% do clube e inegociável. A arena foi construída com o objetivo de ser a principal fonte de receita do Atlético no futuro, e a gestão não abre mão do controle total sobre sua operação.
Por este motivo, a proposta do fundo de investimentos de Cadar, ao incluir a Arena na negociação, foi prontamente recusada e sequer respondida pelo clube na época.
O futuro da SAF
A revelação mostra o quão estratégico é o estádio para o futuro do Atlético. Qualquer negociação pela venda de parte da SAF para outros investidores, como o bilionário Stan Kroenke, dono do Arsenal, passará por essa premissa. A diretoria está disposta a vender uma participação no futebol, mas não no controle de sua arena.
A postura firme reforça o plano de fazer do estádio a grande alavanca para a autossuficiência financeira do clube nos próximos anos.